Gatos sofrem agressões e são usados para transportar drogas


Detentos de unidades prisionais da Região Metropolitana de Fortaleza têm utilizado gatos para transportar drogas e aparelhos celulares entre as celas. Além disso, os animais sofrem maus-tratos por parte dos presos. A denúncia partiu do Sindicato dos Agentes Penitenciários e do Centro de Zoonozes, que, em parceria com a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), já retiraram aproximadamente 120 gatos das unidades de Caucaia e do Presídio Feminino, em Aquiraz. Os felinos são levados para feiras de adoção.

Conforme o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Valdomiro Barbosa, os presos faziam uma espécie de adestramento com os animais e utilizavam alimentos para atrair os felinos para as celas. Quando os gatos se aproximavam, a comida era retirada e, neles, eram amarrados drogas e celulares. Em seguida, o preso que receberia a encomenda, adotava o mesmo procedimento para chamar os animais.

“Os gatos ficam soltos e no IPPOO II ( Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II) o corredor é cheio de fezes”, relata o sindicalista. Já a denúncia de maus-tratos vem da coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Rosânia Ramalho. Ela explica que a reprodução dos animais dentro das unidades fez com que alguns dos detentos adotassem os felinos, mas também havia aqueles que descontavam os “desprazeres do confinamento” nos animais.  (Do O Povo Online)