Brasília
- Após inúmeras reviravoltas, os deputados marcaram para amanhã, às
16h, a eleição para presidente da Câmara. Até quatro horas antes será
possível se candidatar. Nove parlamentares se inscreveram na disputa,
que será em urna eletrônica. Um sorteio definirá a ordem dos discursos
no plenário. Para ser eleito, o deputado precisará da maioria absoluta:
257 votos.Senão, haverá segundo turno. Em caso de empate, vence quem tiver o mais mandatos ou o mais idoso.
Ontem, mais dois deputados formalizaram candidatura: Giacobo (PR-PR), 2º vice-presidente da Câmara, e Cristiane Brasil
(PTB-RJ), filha do delator do mensalão, o ex-deputado federal Roberto
Jefferson. O PMDB, com 66 deputados, tem dois nomes até o momento:
Marcelo Castro (PI) e Fábio Ramalho (MG). Oficialmente já registraram
candidaturas os deputados Fausto Pinato (PP-SP), Carlos Gaguim (PTN-TO),
Carlos Manato (SD-ES) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Também são
aguardadas as candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Rogério Rosso
(PSD-DF). Há ainda a possibilidade de uma candidatura do Psol.
O
deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF) disse que a votação do recurso de
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na CCJ da Câmara sobre a cassação do mandato corre
o risco de ficar para agosto, após o recesso. A reunião para votar o
parecer está marcada para hoje, mas, segundo Fonseca, pode terminar sem
que o parecer seja votado devido ao grande número de deputados
inscritos, que já são mais de 30. Com isso, a votação poderia terminar
amanhã, mas, com a eleição para a presidência da Casa, a reunião da CCJ
corre o risco de se inviabilizar. “Infelizmente, depois de quinta-feira,
não vai ter mais nada”, afirmou o relator.