Em dois município do Ceará, os eleitores não enfrentarão
dificuldades para escolher o próximo prefeito da cidade nas eleições de
2016. A aparente facilidade, no entanto, é apenas falta de opção. É que
nas cidades de Reriutaba e Potengi não haverá disputa já que apenas um
candidato, em cada município, se inscreveu para concorrer nestas
eleições majoritárias. O “candidato único” só não se tornará prefeito
caso a maioria dos eleitores anule seus votos.
Em Potengi, município da região do Cariri Oeste, a 540 quilômetros de Fortaleza, os candidatos a prefeito, Francisco Luís Mendes Rodrigues (PT), e a vice-prefeito, Galvão Alves (PCdoB), não terão adversário nas eleições de outubro. O agora ex-candidato de oposição Josa Brilhantes desistiu de concorrer à prefeitura de Potengi, após convenção partidária, alegando “motivos de saúde”. José é filiado ao PTC e estava na chapa junto com Jailânia Brilhante (PR), conhecida por “Jajá”, que já foi vereadora. A coligação liderada por Francisco Luís ganhou o apoio do atual prefeito Samuel Carlos e conta com apoio dos partidos PT, PCdoB, PMDB, PDT e PV.
Os eleitores ainda aguardaram uma reviravolta até o fim do prazo para registro de candidatura, que se encerrou no dia 15 deste mês, mas Jajá Brilhante não se pronunciou. A reportagem também procurou ouvir a ex-vereadora, mas não obteve resposta. Segundo informou Francisco Luís, houve uma conversa entre as lideranças da região no último final de semana, onde ficou acertado, até mesmo por viabilidade econômica, manter uma só candidatura. “ O importante é trabalharmos para uma cidade melhor”, afirmou.
Segundo Tribunal Superior Eleitoral, o município possui, atualmente, 7.839 eleitores. Por sua vez a última estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) indica uma população de 10.790 habitantes. O candidato a prefeito mais votado, nas eleições de 2012, recebeu 3.200 votos válidos.
Esta será a segunda vez que Potengi terá candidato único. A última candidatura única aconteceu em 1970, com mandato de dois anos, assumindo a prefeitura José Edvaldo de Souza, conhecido como Zé Tibúrcio.
Reriutaba
Em Reriutaba, cidade da Zona Norte do Ceará, a 313 quilômetros de Fortaleza, o eleitorado conta com apenas 16.178 votantes aptos a participarem do pleito deste ano. Lá, os eleitores também terão apenas uma opção na eleição pela Prefeitura já que a chapa única virou realidade. O atual prefeito, Galeno Taumaturgo (Pros), desistiu de postular a reeleição e a cidade vai ter apenas uma candidatura, no caso, Osvaldo Neto (PDT), filho do ex-prefeito Osvaldo Lemos. É a coligação “A Reriutaba que a gente quer”. Ele terá como vice Ana Marta Aguiar (PDT), mãe da prefeita de Pires Ferreira, Marfisa Aguiar (PDT).
Crise
Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que o medo da escassez de recursos, até mesmo para custeio da estrutura pública local, tem levado os políticos a pensarem duas vezes antes de entrar nas disputas municipais. Até mesmo a reeleição, que já foi o sonho de muitos gestores públicos, hoje, virou um problema.
De acordo com a Confederação, a queda na arrecadação própria, com a redução no volume de pagamento de tributos e taxas locais, como o IPTU e o Imposto Sobre Serviços (ISS), tem deixado as cidades cada vez mais dependentes de transferências obrigatórias dos Estados e da União para setores como saúde e educação. Ou de empréstimos de bancos federais para obras de infraestrutura.
Assim, dos 4.024 prefeitos que, por lei, podem disputar a reeleição, apenas 68% (2.768) pretendem concorrer novamente. Este é o mais baixo percentual desde 2008, quando quase 77% dos chefes dos executivos locais tentaram renovar o mandato. Um grupo de quase mil gestores municipais desistiu de continuar à frente da administração do município.
O Estado
Em Potengi, município da região do Cariri Oeste, a 540 quilômetros de Fortaleza, os candidatos a prefeito, Francisco Luís Mendes Rodrigues (PT), e a vice-prefeito, Galvão Alves (PCdoB), não terão adversário nas eleições de outubro. O agora ex-candidato de oposição Josa Brilhantes desistiu de concorrer à prefeitura de Potengi, após convenção partidária, alegando “motivos de saúde”. José é filiado ao PTC e estava na chapa junto com Jailânia Brilhante (PR), conhecida por “Jajá”, que já foi vereadora. A coligação liderada por Francisco Luís ganhou o apoio do atual prefeito Samuel Carlos e conta com apoio dos partidos PT, PCdoB, PMDB, PDT e PV.
Os eleitores ainda aguardaram uma reviravolta até o fim do prazo para registro de candidatura, que se encerrou no dia 15 deste mês, mas Jajá Brilhante não se pronunciou. A reportagem também procurou ouvir a ex-vereadora, mas não obteve resposta. Segundo informou Francisco Luís, houve uma conversa entre as lideranças da região no último final de semana, onde ficou acertado, até mesmo por viabilidade econômica, manter uma só candidatura. “ O importante é trabalharmos para uma cidade melhor”, afirmou.
Segundo Tribunal Superior Eleitoral, o município possui, atualmente, 7.839 eleitores. Por sua vez a última estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica) indica uma população de 10.790 habitantes. O candidato a prefeito mais votado, nas eleições de 2012, recebeu 3.200 votos válidos.
Esta será a segunda vez que Potengi terá candidato único. A última candidatura única aconteceu em 1970, com mandato de dois anos, assumindo a prefeitura José Edvaldo de Souza, conhecido como Zé Tibúrcio.
Reriutaba
Em Reriutaba, cidade da Zona Norte do Ceará, a 313 quilômetros de Fortaleza, o eleitorado conta com apenas 16.178 votantes aptos a participarem do pleito deste ano. Lá, os eleitores também terão apenas uma opção na eleição pela Prefeitura já que a chapa única virou realidade. O atual prefeito, Galeno Taumaturgo (Pros), desistiu de postular a reeleição e a cidade vai ter apenas uma candidatura, no caso, Osvaldo Neto (PDT), filho do ex-prefeito Osvaldo Lemos. É a coligação “A Reriutaba que a gente quer”. Ele terá como vice Ana Marta Aguiar (PDT), mãe da prefeita de Pires Ferreira, Marfisa Aguiar (PDT).
Crise
Um levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que o medo da escassez de recursos, até mesmo para custeio da estrutura pública local, tem levado os políticos a pensarem duas vezes antes de entrar nas disputas municipais. Até mesmo a reeleição, que já foi o sonho de muitos gestores públicos, hoje, virou um problema.
De acordo com a Confederação, a queda na arrecadação própria, com a redução no volume de pagamento de tributos e taxas locais, como o IPTU e o Imposto Sobre Serviços (ISS), tem deixado as cidades cada vez mais dependentes de transferências obrigatórias dos Estados e da União para setores como saúde e educação. Ou de empréstimos de bancos federais para obras de infraestrutura.
Assim, dos 4.024 prefeitos que, por lei, podem disputar a reeleição, apenas 68% (2.768) pretendem concorrer novamente. Este é o mais baixo percentual desde 2008, quando quase 77% dos chefes dos executivos locais tentaram renovar o mandato. Um grupo de quase mil gestores municipais desistiu de continuar à frente da administração do município.
O Estado