Sessões da AL voltam só no dia 4 de outubro

Resultado de imagem para Imgens do plenário da Assémbleia doCeará

Em razão da última semana de campanha e da participação de deputados estaduais, seja como candidatos ou mesmo apoiando correligionários, a Assembleia Legislativa do Ceará deve ficar com o plenário fechado nos próximos dias, até 4 de outubro, quando poderão ficar pendentes de segundo turno só as disputas em Fortaleza e em Caucaia.
Os trabalhos no Plenário 13 de Maio, segundo o Regimento Interno da Casa, devem iniciar às 9 horas. Raramente a regra é cumprida, mas nos dois dias de sessões na última semana a tolerância mais que extrapolou. Na terça-feira (20), a sessão foi aberta faltando dez minutos para as 10 horas. Já na quarta, após esperar quase duas horas, o primeiro-secretário da Mesa Diretora, Sérgio Aguiar (PDT), anunciou que o número insuficiente de parlamentares impedia a abertura. Enquanto a exigência regimental é de 16 legisladores, às 10h45 o painel registrava apenas 15 presenças em plenário.
A Mesa Diretora até que tentou evitar a baixa frequência durante o período de campanha eleitoral e, para isso, desde o dia 16 de agosto, o trabalho no plenário se concentra em apenas dois dias da semana. A ideia era que os parlamentares aproveitassem os fins de semana e as segundas-feiras nas bases e estivessem na Casa às terças e quartas.
Para Sérgio Aguiar, não há dúvida de que a campanha interferiu diretamente nos trabalhos do Parlamento. "Hoje, dos 46, praticamente 40 deputados são do Interior. Isso compromete verdadeiramente a atuação no plenário", afirmou.
Sem votações
Na sessão de quarta-feira, havia na pauta mensagens de interesse do Governo do Estado, mas nem a base aliada marcou presença suficiente para aprová-las. Entre as matérias, estava a que autoriza a abertura de crédito especial superior a R$ 4,1 milhões para recuperação da Casa do Estudante e a conclusão da obra e reaparelhamento da nova sede da Arce. "Ficam para os dias 4 ou 5 de outubro, quando a Assembleia deve voltar", disse.
Lucílvio Girão (PP), por sua vez, destacou que quem pretende conquistar uma cadeira da Assembleia em 2018 precisa trabalhar na eleição deste ano. "Compreendo a dedicação de cada um, pois no meu caso, por exemplo, se eu não fizer meu prefeito em Maranguape é arriscado eu nem voltar para esta Casa. Precisamos acabar com a demagogia", declarou.
Já Silvana Oliveira (PMDB) apontou preocupação com atitudes que podem interferir na imagem da Casa. "Infelizmente as pessoas colocam todos em um único saco. As sessões já foram reduzidas a apenas dois dias e não se consegue realizar porque os deputados não têm a sensibilidade de evitar essa exposição do Parlamento", lamentou.