Esta foi a terceira vez que o senador Marcelo Crivella disputou a Prefeitura do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro foi o segundo estado com o maior número de municípios (oito) que tiveram votação no dia de ontem. A disputa mais acirrada ocorreu na capital, onde o senador Marcelo Crivella (PRB) venceu, com 59,63% dos votos válidos, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), com 40,64%. A eleição teve 1.314.950 abstenções. O número é maior do que os votos obtidos pelo candidato do Psol (1.163.662).
No primeiro turno, Crivella obteve 27,78% dos votos válidos, contra 18,26% dos votos de Freixo. A pesquisa de boca de urna realizada ontem pelo Datafolha já apontava a vitória do candidato Crivella por 58% contra 42% de Freixo.
Bispo licenciado pela Igreja Universal, o senador já podia ser considerado prefeito quando 88,08% das urnas estavam apuradas, atingindo um percentual de 59,07% dos votos válidos, sem poder ser alcançado pelo candidato do Psol, que tinha 40,93%.
Foi a terceira vez que Crivella disputou a Prefeitura do Rio de Janeiro. Engenheiro civil, com pós-graduação na Universidade de Pretoria, em Joanesburgo (África do Sul), também concorreu ao Governo do Estado em 2006 e 2014.
Ontem, após votar às 9h20min, no Clube Marimbás, em Copacabana, Crivella disse à impressa que iria cumprir todas as promessas de campanha.
Em seu discurso já como prefeito eleito, ele afirmou desejar que ao final dos quatro anos de mandato não existam no Rio tantas pessoas na fila dos hospitais, tantas crianças sem creche, tantas casas sem água e esgoto.
Dentre outras promessas, está a de não misturar religião com política, colocar guardas municipais nos colégios públicos e criar 20 mil vagas em creches até 2020.
A vitória do senador marca a quebra do domínio do PMDB no Rio de Janeiro, após oito anos de gestão de Eduardo Paes. O atual prefeito não conseguiu eleger Pedro Paulo, também do PMDB, como sucessor, que obteve 16,12% dos votos válidos no primeiro turno.
No segundo turno, a campanha de Crivella foi marcada por polêmicas. Uma delas foi na ocasião em que a revista Veja publicou uma foto do senador preso, em 1990, por invasão de propriedade.
(Com Agência Brasil)