Governo aciona bandeira amarela e conta de luz vai subir

Condições desfavoráveis de clima empurram as tarifas
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) decidiu ontem aumentar as contas de luz a partir de novembro.
 
As contas do próximo mês pagarão uma taxa extra de R$ 1,50 para cada 100 kWh consumidos devido ao acionamento da chamada bandeira tarifária.
 
Até este mês, a bandeira era verde, que sinaliza que não há risco de custos muito elevados no futuro para as contas e, por isso, não há cobrança de taxa.
 
Más condições desfavoráveis de clima, principalmente a falta de chuvas nas regiões Norte e Nordeste, levaram a agência a rever a sinalização e acionar a bandeira amarela, onde há cobrança nas contas.
 
Se a situação piorar, a bandeira pode se transformar em vermelha, com custo de até 4,50 por 100 kWh.

Bandeiras
As bandeiras são acionadas quando o preço da energia começa a ter risco de subir. As distribuidoras, que entregam a energia em residências e empresas, pagam o custo na hora da compra, mas só podem repassar ao consumidor na revisão tarifária anual, que pode ocorre mais de 10 meses depois.
 
Para evitar aumentos exagerados nessas revisões e sinalizar para os consumidores para reduzirem seu consumo por causa dos preços altos, o governo criou o sistema de bandeiras tarifárias em 2015.
Durante o ano de 2015 até fevereiro de 2016, a bandeira vermelha, com a tarifa mais elevada, esteve em vigor no país.
 
Entre fevereiro de 2015 e março de 2016, ela se manteve amarela. A bandeira verde, que não faz cobranças adicionais, começou a vigorar em abril.
 
“Com as bandeiras, a conta de luz fica mais transparente e o consumidor tem a melhor informação para usar a energia elétrica de forma mais consciente”, informou a Aneel em nota após a decisão.

Reservatórios
Em setembro, foi divulgado que a situação dos reservatórios era complexa e a previsão de seca grave na região poderia levar ao  aumento das tarifas.

Os meteorologistas dizem que as regiões Nordeste e Norte devem ter secas severas durante o próximo período chuvoso (entre outubro e abril), com previsões de chuva entre 35% e 45% da média histórica das regiões.
 
Nas outras áreas do país, a expectativa é de chuvas normais. Com isso, as hidrelétricas do Nordeste podem ter que suspender a geração de energia. (Agência Brasil)