O nome de Michel Temer é citado 43 vezes pelo delator da Odebrecht


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O nome do presidente Michel Temer (PMDB) é citado por 43 vezes no acordo de delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.

Outros membros da cúpula do governo também são citados diversas vezes no acordo. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), é citado 45 vezes e o secretário de Parceria e Investimentos do governo, Moreira Franco, 35.

Já Geddel Vieira, que deixou a Secretaria de Governo em meio a polêmica no último mês, é citado 67 vezes. Líder do governo no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também “lidera” número de citações entre membros da cúpula peemedebista. Citado como “homem de frente” nas negociações da Odebrecht com congressistas, ele é mencionado 103 vezes no relato.

O acordo de delação premiada assinado é ainda apenas de “amostra grátis” do que pode ser revelado por Cláudio Melo em depoimento à força tarefa da Lava Jato. De acordo com o documento prévio, ao qual a Folha teve acesso, Michel Temer teria atuado de forma “indireta” em arrecadação financeira para o PMDB junto à Odebrecht.

O ex-executivo diz que o presidente teve papel “relevante” em 2014, quando teria pedido R$ 10 milhões a Marcelo Odebrecht para a campanha eleitoral. O pedido teria ocorrido inclusive no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República.

Segundo o ex-executivo, Temer teria dado a Padilha a “missão” de angariar pagamentos para a campanha. O ministro, então, teria cuidado da distribuição de R$ 4 milhões dos R$ 10 milhões da Odebrecht. Em sua delação, Cláudio aponta que o esquema ocorria com “forte relação” entre os caciques peemedebistas que, segundo o relator, “confere peso aos pedidos formulados por eles (ministros), pois se sabe que o pleito solicitado em contrapartida (pela empresa) será atendido também por Michel Temer”.

Sem prognósticos
Preocupado com possíveis repercussões da delação no governo, Michel Temer pediu cautela a aliados na análise das denúncias. Segundo assessores, a ordem é esperar a “poeira baixar” antes de fazer qualquer prognóstico da situação.

Nos bastidores do Planalto, se reconhece o momento “delicado” do governo, já que denúncias envolvem toda a cúpula peemedebista. Interlocutores defendem calma, para que não ocorram “decisões precipitadas”.