Um ano após fotos viralizarem, menimo afegão encontra Messi, seu ídolo


Murtaza não quis largar Messi e teve de ser levado para fora do campo
O menino afegão que se tornou a sensação da internet após a publicação de fotos em que vestia uma camisa feita de saco plástico do astro argentino Lionel Messi realizou seu sonho ontem ao conhecer pessoalmente o ídolo do Barcelona.

Quase um ano depois das fotos ganharem o mundo, Murtaza Ahmadi se encontrou com Messi em Doha, no Qatar, onde o Barcelona disputou ontem um amistoso contra a equipe saudita do Al-Ahli.

Murtaza, de 6 anos de idade e oriundo da província rural de Ghazni, a sudoeste de Kabul, foi ao campo do estádio Al Gharrafa ao lado do craque argentino.
Imagem de menino com camisa de saco ganhou a internet em janeiro

“A imagem que o mundo queria ver”, publicaram no Twitter os organizadores da Copa do Mundo do Qatar-2022, que possibilitaram o encontro.


“Estou muito feliz de ter conhecido meu herói, é um sonho para mim”, declarou o menino afegão, segundo os organizadores.

COMOVEU A INTERNET
Murtaza ficou famoso mundialmente no início do ano quando foi fotografado vestindo uma camisa da seleção argentina feita com saco plástico, com o nome do ídolo e o número 10 nas costas.

A camisa foi concebida por seu irmão mais velho, Homayoun, 15 anos, que usou sacolas jogados fora por uma loja vizinha.

“Eu gosto muito de Messi, joga muito bem e gosto da camisa que meu irmão me fez”, declarou o menino à AFP, na época.

A família de Murtaza não tinha condições de comprar uma camisa original. As fotos de Murtaza jogando futebol com sua vestimenta improvisada foram publicadas no Facebook.

Após as imagens viralizarem, no final de fevereiro o menino recebeu uma camisa original de Messi em ação capitaneada pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).

“Eu amo Messi e minha camisa diz que Messi me ama”, disse o menino à época.


Em Jaghuri, cidade onde vivia a família de Murtaza, o território é controlado por rebeldes do Talibã. Os Ahmadi fazem parte da minoria hazara e pertencem à crença xiita, o que os condena à condição de párias numa sociedade afegã majoritariamente sunita.

Após as fotos viralizarem, a família do garoto se sentiu ameaçada e se mudou para Quetta, no Paquistão, em maio. (AFP)

O POVO