O deputado federal Leônidas Cristino (PDT) reagiu com indignação ao ler a manchete desse sábado no jornal O POVO sobre a possibilidade de adiamento para 2018 da conclusão da obra de transposição do rio São Francisco. A informação foi extraída da reunião do secretário de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional, Marlon Cambraia, na última sexta-feira, em Fortaleza, na Comissão da Assembleia Legislativa para Acompanhar as Obras da Transposição.
Conforme o parlamentar cearense, não foi dada a ordem de serviço nem foi anunciada a data certa para tal, muito menos a previsão de entrega da obra. “Se isso não for negligência e descompromisso, eu pergunto, então, é o quê?”, indaga Leônidas Cristino.
“O Ministério da Integração avalia o que significa a ameaça de colapso no abastecimento de água nos centros urbanos do Nordeste?”, pergunta o deputado. Segundo ele, a Região Metropolitana de Fortaleza, com 4 milhões de habitantes, dá a dimensão do quadro, pois tem como fonte hídrica o açude Castanhão, que está com pouco mais de 5% da sua capacidade de armazenamento.
Para o deputado, a situação é preocupante. “As protelações e adiamentos demonstram falta de compromisso com o Nordeste e com o Ceará”. O mais recente adiamento empurra a data de conclusão para de 2018. “Primeiro ou segundo semestre?”, ele quer saber.
Leônidas Cristino disse ter sido acusado, pelo Ministério da Integração, “de cometer um desserviço à população do estado do Ceará ao denunciar esse desrespeito deslavado com o nosso povo”. E voltou a criticar como “teatrinho” a maneira como o governo federal tem tratado a transposição, alertando para a gravidade da situação, diante da necessidade de retomada das obras da transposição do rio São Francisco para que as águas do canal Eixo Norte cheguem ao Ceará.