Camocim: Mandantes de execução de Radialista seguem foragidos












Dois anos após o assassinato do radialista Gleydson Carvalho, em Camocim, dois mandantes do crime continuam foragidos. Os irmãos Francisco Pereira da Silva, popularmente conhecido como 'Chico Dentista', e João Batista Pereira da Silva, o 'Batista Dentista', que ainda são tios do ex-prefeito do Município, são procurados pela Polícia.

Outro suspeito de participar do homicídio, Israel Marques Carneiro, também permanece foragido. Ele, Tiago Lemos, que está detido em uma penitenciária da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e Valdir Arruda Lopes, que foi preso na última terça-feira (8) e se encontra na Cadeia Pública de Camocim, são apontados como os executores do comunicador.

Conforme a investigação, entre mandantes e executores, cinco homens participaram do assassinato de Gleydson Carvalho. Todos tiveram a prisão preventiva decretada pelo juiz da Comarca de Camocim, na última terça-feira (8). O grupo é indiciado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa, segundo o titular da Delegacia Regional de Camocim, da Polícia Civil, delegado Herbet Ponte e Silva.

Prisão

Valdir Lopes foi capturado pela Polícia Civil após o mandado de prisão ser expedido pela Justiça. O acusado estava, conforme a Polícia, escondido no Distrito de Parazinho, no município de Granja. De acordo com o delegado Herbet Silva, os policiais encontraram o suspeito em uma oficina de motocicletas. Ali, ele recebeu voz de prisão.

"Em diligências com a nossa equipe, nós chegamos até o Valdir, primeiramente cercando a loja em que ele se encontrava, uma oficina, que era de propriedade dele. Após darmos voz de prisão, o conduzimos até a Delegacia Regional de Camocim. Depois, ele foi levado à Cadeia Pública", contou o delegado.

Crime

O radialista Gleydson Carvalho foi assassinado no dia 6 de agosto de 2015, enquanto apresentava um programa de rádio, que utilizava para criticar irregularidades na Prefeitura de Camocim. Por volta de 12h40, dois homens entraram na emissora e enganaram uma funcionária.

"Os pistoleiros pediram para entrar na rádio, para fazer um anúncio durante o programa. Um deles rendeu a recepcionista e o outro foi até o estúdio, onde também estava um técnico da rádio, e executou o radialista. Em seguida, pegaram a motocicleta e fugiram", lembrou o delegado Herbet Silva.

A vítima foi atingida por três tiros, que a atingiram na cabeça e no peito. O comunicador, que transmitia o programa ao vivo na hora do crime, chegou a ser levado ao Hospital Municipal de Camocim, mas não resistiu aos ferimentos.

DN