PSDB do Ceará troca comando e faz desagravo a Tasso





A convenção para a troca do comando do partido PSDB, aconteceu na manhã desta sexta-feira, 10, onde o ex-senador Luiz Pontes, entregou o cargo de presidente ao ex-prefeito de Jaguaribara, Francini Guedes. Na convenção estadual tomou posse, também, o novo diretório tucano e os delegados à convenção nacional que acontecerá no dia 9 de dezembro, em Brasília. No encontro, os tucanos cearenses se solidarizaram com o senador Tasso Jereissati que foi destituído da presidência nacional interina do partido.

Em meio à tensão nacional, assumiram a diretoria o ex-deputado estadual Francini Guedes, no cargo da presidência. Na 1º vice-presidência, o médico Carlos Roberto Martins. Na 2º vice-presidência, o empresário Geraldo Luciano. Para o cargo de secretário-geral, o prefeito de Itapipoca, João Barroso, assume o cargo. Na 1º secretaria, Emília Pessoa, vereadora de Caucaia. E na tesouraria, a ex-presidente da juventude do PSDB Nacional, Kamyla Castro.

Ao chegar na Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), o senador Tasso Jereissati informou em coletiva de imprensa presente para a convenção, sobre a existência de uma separação no partido, “existe o PSDB nosso, que fez a grande revolução no Ceará. Existe o PSDB do Mário Covas, do Fernando Henrique, que acabaram com a inflação mudaram o Brasil. E existe o PSDB do momento, que ao longo dos anos perdeu o rumo. Agora vamos separar o joio do trigo, para a gente enfrentar esse momento de desafio do Brasil que é muito difícil. Agente precisa estar pronto, não em quantidade e sim em qualidade”, afirmou.

Ele falou sobre a decisão do Aécio em destituí-lo do cargo de presidente nacional interino do partido, “evidentemente, ele não nos quer conduzindo esse processo, ele está numa outra linha muito diferente da nossa e está fazendo o possível e o que pode no intuito de impedir e de colocar aqueles que defendem a linha dele, de deixar tudo como está”.

Durante a convenção, o ex-senador Luiz Pontes, empossou os integrantes da nova diretoria e falou brevemente dos seus 4 anos à frente da presidência, principalmente ao lado do senador Tasso, declarando que logo quando assumiu o cargo, o partido não tinha perspectiva e estava “empoeirado” e aceitou assumir o cargo por acreditar na história do partido e o que ele representa para o estado.

Ainda cita que, “o estado do Ceará tinha o maior índice de mortalidade infantil, superando países da África, e Tasso no primeiro governo criou os agentes de saúde, fazendo que o estado fosse agraciado pela ONU pelo trabalho desenvolvido e servido de modelo, extrapolando as fronteiras brasileiras e levando um projeto de saúde viável aos países à fora”.

Pontes criticou a decisão do Presidente nacional da sigla no dia anterior, “não vai ser o gesto mesquinho e pequeno de Aécio Neves que vai interromper a luta que não é só do Tasso, é do povo brasileiro que quer ver uma política ética”. E encerrou sua fala afirmando que o partido não serviria como instrumento de voto, e com a nova executiva o PSDB voltaria a ser protagonista, que sempre foi no estado.

No primeiro discurso como novo presidente do PSDB no Ceará, Francili Guedes falou sobre sua carreira política, como ex-prefeito de Jaguaribara, ressaltando a discussão das propostas de ações para o estado e o país, e que o partido tinha que lutar pelo novo pacto federativo, com mais dinheiro nos estados e municípios com uma fiscalização rigorosa na aplicação dos recursos, com apresentação de relatórios com maior transparência. E declara que espera uma participação ativa da população,

Por fim, o senador Tasso Jereissati, falou a credibilidade e competência do partido, e que nesse momento há uma necessidade de transparência, pois o país não aguenta mais enganações e dissimulações. Sobre a escolha do Francini Guedes para assumir o cargo da presidência, ele diz “muita gente me pergunta: você fala tanto em renovação e vem um veterano do PSDB, mas é isso que estamos demonstrando, a renovação não está na idade, está na cabeça. O Francini, na política de hoje, representa tudo aquilo que eu queria que voltasse a ser representado no PSDB nacional e estadual”.

Ainda falou que o governo do Temer não é tipo que o partido dele apoia. E afirmou que não vão apoiar por comodismo e oportunismo uma chapa presidencial que não concordam, sendo isso, não há concordância em colocar Lula na presidência, pois em 10 anos o petismo que levou o país em recessão, ao maior número de desempregados da história, ao maior escândalo de corrupção do mundo e a destruição dos valores da sociedade brasileira. Encerrou sua fala afirmando que, não há apoio do partido ao PT, tampouco aos candidatos que apoiem Lula e o Partido dos Trabalhadores.