Preço do gás de cozinha será reajustado em 1º de Janeiro


Aumento é resultado do reajuste na pauta do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Fiscal (PMPF) sobre o produto, referente ao aumento do ICMS

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), conhecido popularmente como gás de cozinha, ficará mais caro a partir da próxima segunda-feira, 1º de janeiro. A alta decorre do reajuste na pauta do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Fiscal (PMPF) sobre o produto, referente ao aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A estimativa do Sindicato dos Revendedores de Gás do Ceará (Sincegás) é que o impacto do reajuste no preço do GLP ao consumidor fique em torno de R$ 2,00 para o botijão de 13 quilos (P13).

Com este reajuste, o preço do GLP P13 no Estado do Ceará passa de R$ 4,0961 para R$ 4,5384 por quilo, o que representa uma alta de 10,7%, de acordo com a tabela de PMPF do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). A mudança de preços valerá tanto para os botijões de 13 quilos como para o de 8 quilos (P8). "Na pauta anterior, o preço médio ponderado do botijão de GLP de 13 quilos no Ceará era de R$ 53,25, e agora foi reajustado para R$ 59,00", comenta Luciano Holanda, presidente do Sincegás.

"Além de nós estarmos passando por uma crise no País, os derivados de petróleo estão aumentando de forma descontrolada", diz Holanda. "Só o botijão de 13 quilos teve, neste ano, um reajuste de 71% por parte da Petrobras. E agora tem mais este reajuste", acrescenta.

O presidente do Sincegás ressalta que, além do impacto para o consumidor doméstico, toda a cadeia ligada à distribuição e comercialização de GLP acaba sendo prejudicada com os aumentos. "A população está pagando uma conta que não é sua e é quem mais está sendo penalizado. Mas as empresas do setor também estão sofrendo. Isso está gerando uma quebradeira muito grande de distribuidores, de revendas, o que está gerando desemprego. Todos estão com muita dificuldade".

Clandestinos

Outro fator que vem prejudicando o setor é o comércio informal. O presidente do Sincegás alerta que em períodos de reajuste do preço do gás de cozinha crescem as atividades de revendas clandestinas do produto. E que além do risco desse botijão não ter a quantidade anunciada de gás, há o risco relacionado à segurança do produto.

Portanto, a recomendação é que o consumidor busque empresas autorizadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e solicitem a nota fiscal.

Economia

Apesar dos recentes aumentos, o Gás Liquefeito de Petróleo continua a ser a opção mais econômica, sendo mais em conta que o gás natural e também que a eletricidade, por exemplo. Para evitar desperdícios e tornar seu uso mais eficiente, o sindicato recomenda a adoção de medidas que ampliem o rendimento do botijão como, por exemplo, manter o fogão em local sem muita exposição ao vento, evitando que a chama se apague.