Lula avisa ao PT que irá a julgamento no TRF-4






O petista tenta se livrar de condenação em segunda instância, a fim de evitar ser impedido de concorrer à Presidência nas Eleições de outubro deste ano ( FOTO: AFP )


São Paulo/Porto Alegre. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou a dirigentes do PT que vai comparecer ao julgamento que pode torná-lo inelegível, no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), no dia 24, em Porto Alegre (RS).

A direção do partido já prepara um grande ato de recepção ao ex-presidente no próprio dia 24, na volta a São Paulo.

Lula foi condenado, em primeira instância, a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. No dia 24, a 8ª Turma do TRF-4 vai julgar a apelação apresentada pela defesa do petista. Caso a condenação seja confirmada, Lula pode ser impedido de disputar a eleição presidencial.

Oficialmente, a assessoria do Instituto Lula não confirma que o ex-presidente vá acompanhar o julgamento em Porto Alegre. Segundo o instituto, a defesa do petista solicitou ao TRF-4 que o ex-presidente seja ouvido durante o julgamento, mas o pedido ainda não foi apreciado pelos desembargadores do tribunal.

Em café da manhã com jornalistas, no dia 20 de dezembro, Lula não respondeu se iria ao julgamento ao ser indagado sobre o assunto. Ele se limitou a dizer que tem uma viajem marcada para a África no dia 26. O ato de recepção em São Paulo deve ser o ponto alto das mobilizações organizadas pelo PT e movimentos sociais que defendem o direito de Lula ser candidato.

Mobilização

Além da recepção, o PT prepara uma onda de eventos que começa no próximo dia 13, com um "dia nacional de mobilização" que pretende pulverizar atos em defesa da candidatura do petista em todas as cidades onde o PT está organizado, e vai até o dia do julgamento

Na véspera, dia 23, a presidente cassada Dilma Rousseff vai participar do evento de abertura de uma vigília no Parque Harmonia, em frente ao TFR-4.

Cerca de duas semanas atrás, a Justiça Federal em Porto Alegre decidiu proibir um acampamento que o Movimento dos Sem Terra (MST) pretendia fazer no parque, mas liberou o local para manifestações, com preferência para os grupos que apoiam o ex-presidente.