Sem Lula: Empate técnico na disputa pelo Palácio do Planalto




Brasília/Rio de Janeiro. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)/Ibope, divulgada ontem, apontou, no cenário sem o ex-presidente Lula, que o deputado Jair Bolsonaro (PSL) é o favorito, com 17% das intenções de voto.



Atrás dele vem a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede), com 13%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, no limite dessa margem, os dois pré-candidatos aparecem empatados, ambos com 15%.

O pré-candidato Ciro Gomes (PDT) vem sem seguida, com 8%. O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) tem 6% das intenções de voto, e Alvaro Dias (Podemos), 3%.

O petista Fernando Haddad, considerado plano B de Lula, aparece com 2%, junto com o ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTC), que não deve mais disputar o cargo.

Os demais pré-candidatos apontam com apenas 1% das intenções: Flávio Rocha (PRB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB), João Amoedo (Novo), Levy Fidelix (PRTB), João Goulart Filho (PPL), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Rodrigo Maia (DEM).

Nesse mesmo cenário, os votos brancos e nulos ultrapassam todas as opções colocadas, com 33%. Outros 8% não responderam. Quando Lula não aparece, Marina e Ciro são os que mais "herdam" votos do petista. A primeira ganha seis pontos percentuais, sai de 7% e vai para 13%, e Ciro ganha quatro pontos e vai de 4% para 8%. A pesquisa aponta que houve um crescimento muito grande de votos brancos e nulos, se comparado ao último pleito presidencial, de 2014.

Pré-candidato denunciado

Em parecer enviado ao ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), ontem, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu o recebimento da denúncia contra Bolsonaro por suposto racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs. A denúncia narra que em uma palestra no Clube Hebraica do Rio, em abril de 2017, o deputado "usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais".

A defesa de Bolsonaro afirmou que o discurso do parlamentar não pode ser criminalizado e que ele buscava só criticar as políticas de demarcação de terras.

DN