Reajuste do diesel pode seguir o da gasolina com aumento de até 15 dias




O presidente da Petrobras, Ivan Monteiro, disse nesta segunda-feira que a companhia pode adotar para os reajustes do diesel o mesmo mecanismo de hedge (proteção, no jargão técnico do mercado financeiro), anunciado para a gasolina na semana passada.

O objetivo é evitar um excesso de volatilidade nos reajustes do diesel, depois de 31 de dezembro, quando se encerra a política de subsídios implementada pelo governo para acabar com a greve dos caminhoneiros. Para a gasolina, o mecanismo de hedge permite que o valor do combustível permaneça sem alteração por até 15 dias.


— A gente vai olhar principalmente o que está acontecendo em relação a essa experiência na gasolina, e eventualmente poderia aplicar a mesma fórmula para o diesel. Ainda é muito preliminar, não há nenhuma decisão interna na companhia, mas é algo que a gente pode vir a fazer — disse Monteiro, que participou junto com a diretoria da empresa do Investor Day, evento em que são apresentados números e projeções da empresa a investidores.

O presidente da Petrobras disse que a decisão de fazer um ajuste na política de preços dos combustíveis, com a adoção de hedge foi tomada pelas várias áreas da empresa, sem influência do governo. A mudança, segundo Monteiro, evita que seja repassada diariamente ao preço dos combustíveis a volatilidade trazida por eventos climáticos, por exemplo.

— Estamos de olho na temporada de furacões, que chegaram a provocar variação de 6% a 7% no dia apenas com um produto.Pela política anterior, a volatilidade trazida por esses eventos climáticos seria repassada ao preço dos combustíveis diariamente. Pela política anterior, por exemplo, o reajuste poderia chegar até a 8%, num dia, considerando também a volatilidade do câmbio no Brasil — justificou Monteiro.

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