Decisão do governo cubano faz o Ceará perder 448 médicos que atendiam em 118 municípios







Um total de 448 médicos cubanos deixará de fazer atendimentos no Ceará, em 118 municípios, com a decisão do governo cubano de que os profissionais devem retornar ao país natal. Criado em 2013 pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o programa Mais Médicos tinha como objetivo atender regiões mais carentes.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará, dos 1.229 médicos do programa atuando no estado, 448 profissionais são cubanos. Eles foram encaminhados para municípios onde médicos brasileiros não tinham interesse em trabalhar. No total, dos 18 mil profissionais no Mais Médicos, 8 mil são estrangeiros.




A decisão do governo cubano foi tomada após divergência com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O governo cubano considerou depreciativa a declaração de Bolsonaro, que condicionou a presença dos profissionais ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), aplicado aos médicos que se formam no exterior.

Houve mais discordâncias, segundo informou Bolsonaro em entrevista coletiva. “É desumano esses profissionais estarem afastados dos familiares. Além disso, a ditadura cubana confisca 70% dos salários desses médicos. Eles preferiram abandonar o projeto a mudar isso”, declarou o presidente eleito.

Não há previsão de quando os médicos cubanos deixarão os municípios brasileiros onde atuam.

Colaborou a Rádio Tribuna BandNews FM