Presídios do Ceará estão superlotados, com 10 mil presos além da capacidade








Presídios cearenses estão superlotados (FOTO: Reprodução TV Jangadeiro)

Os presídios cearenses estão mais superlotados em relação ao fim do ano passado. Em dezembro de 2018, as unidades estavam com 16.147 presos, 65% acima da capacidade.

Em janeiro deste ano, o excedente foi de 109,6%, com 10.671 presos a mais. As 9.736 vagas do sistema prisional estavam ocupadas por 20.407 internos.

O crescimento foi registrado após o fechamento, no início de 2019, de mais de 80 cadeias públicas no interior e a transferência de, aproximadamente, 3.600 detentos para os presídios.

O Centro de Triagem apresentou o maior excedente em dezembro, com 958 presos ocupando 376 vagas, 154% a mais que a capacidade. Em janeiro, a unidade estava com 1.241 internos, excedente de 230%. Já o presídio feminino Auri Moura Costa, que tem 374 vagas, estava com 1.073 mulheres, 186,9% a mais, no mês passado.

Segundo o presidente do Conselho Penitenciário do Ceará, Cláudio Justa, os números a mais de presos representam descumprimento das leis de execução penal e riscos na segurança das unidades. Hoje, com a presença de agentes penitenciários federais nos presídios, a situação é considerada dentro do controle. A preocupação é quando este reforço não estiver mais por aqui.



Ao contrário dos presídios, o problema de superlotação nas delegacias de Fortaleza está sendo resolvido, principalmente após a medida de retirada dos xadrezes das unidades. Hoje, apenas quatro delegacias ainda mantém as celas e reúnem apenas 14 detentos.

Por enquanto, a desativação de xadrez é concentrada nas delegacias não plantonistas. Os polos que funcionam 24 horas ainda estão com 129 presos. O prazo para a desativação dos xadrezes terminou no primeiro semestre de 2018

Tribuna do Ceará