Fotossensores fixos em estradas federais no Ceará estão sendo desinstalados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Estado. Desde domingo (7), técnicos a serviço do órgão estão fazendo a retirada dos aparelhos, em trechos federais que cortam a Capital. Nesta segunda-feira (08), radares localizados na BR 116, nos bairros Cajazeiras e Aerolândia, foram removidos. A medida cumpre determinação nacional e cerca de 71 radares fixos serão descontinuados no Estado.
De acordo com a superintendência regional do Dnit no Ceará, os contatos referente a fiscalização são geridos pela sede do Órgão em Brasília e as superintendências regionais apenas operacionalizam. Em nota o Dnit disse, ainda, que está cumprindo a determinação de “retirar todos os radares existentes nas rodovias federais do Estado, pertencentes ao antigo contrato mantido pela autarquia”.
Segundo a superintendência do Dnit, já existe um novo contrato assinado para a instalação de novos equipamentos, mas sem prazo de início, pois segue aguardando orientações de Brasilia para a ordem de serviço da instalação dos aparelhos pertencentes a este novo contrato.
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, comunicou a suspensão da instalação de radares em rodovias federais não-concedidas à iniciativa privada, no ultimo dia 1°. Em nota pública, o Ministro informou que os contratos dos editais para as estradas federais, firmados em 2016, durante a gestão de Michel Temer, liberavam a instalação gradual de 8.015 pontos de monitoramento. O contrato permitia a instalação de novos e a revogação de pontos existentes. O que teria um custo de cerca de R$ 1,029 bilhão em cinco anos, caso o contrato fosse mantido.
A medida do Ministro de Infraestrutura veio um dia após uma publicação do presidente Jair Bolsonaro, no twitter, sobre o cancelamento da instalação de novos radares nas BRs. “Determinei de imediato o cancelamento de suas instalações. Sabemos que a grande maioria destes têm o único intuito de retorno financeiro ao Estado” disse Bolsonaro na publicação, que também prometeu revisar os contratos já existentes para a fiscalização via radar.