Deputado Sérgio Aguiar destaca avanço da educação pública no CE





O deputado Sérgio Aguiar (PDT), presidente da Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, destaca, comparativamente, os índices educacionais dos trabalhadores cearenses em 1995 e em 2017. Segundo ele, o número de empregados com diploma superior mais que triplicou nas duas décadas, passando de 4% para 12,8%.

A participação de pessoas no mercado com o ensino médio completo, também segundo o deputado, registrou crescimento expressivo, saltando de 10,9% para 38,8%. Aqueles com ensino fundamental II completo aumentaram sua presença de 9,6% para 16,1%. Os cearenses com ensino fundamental I incompleto caíram de 51,4% para apenas 14,8%.

Os números observados pelo parlamentar foram levantados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e repercutiram na Assembleia Legislativa.

Para o parlamentar, “isto significa os investimentos feitos pelo governo Camilo em educação e que as políticas públicas educacionais estão tendo resultados positivos no Ceará. Sérgio Aguiar, graduado em Direito, Economia e Administração de Empresas, mostrou que o crescimento proporcional de trabalhadores mais escolarizados no mercado de trabalho contribuiu fortemente para o aumento da renda média no período 1995 e 2017, que registrou alta de 50,57%, enquanto a média do País foi um crescimento de 29,15%.
No Ceará de hoje, explica Sérgio Aguiar, quem tem ensino superior ganha em média três a quatro vezes mais do que uma pessoa que só tem o ensino médio porque o número de pessoas formadas, apesar de ter crescido muito nos últimos anos, ainda é muito pequeno. “Quando se vai para níveis educacionais mais elevados, como mestrado e doutorado, aí que essa faixa populacional é bem menor e os salários se tornam proporcionalmente ainda maior”.

A educação pública cearense se destaca no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Ceará ocupou as primeiras posições entre os estados brasileiros com melhores indicadores de promoção, diminuição de repetência, queda de evasão escolar e migração para Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos ensinos Fundamental e Médio.
Hoje, a rede pública estadual é formada por 727 escolas e 450 mil alunos. Destas, 251 funcionam em regime de tempo integral, das quais 130 são de ensino médio regular e 121 são de educação profissional. As escolas profissionalizantes atendem a 50 mil alunos de 98 municípios, com oferta de 53 cursos. Somente Fortaleza tem 21 escolas profissionais. Sérgio Aguiar esclarece que “os alunos fazem o ensino médio integrado à educação profissional, com duração de três anos.

“Durante o terceiro ano, o Estado propicia o acesso ao estágio curricular obrigatório e remunerado a todos os alunos. As escolas de ensino médio regular em tempo integral começam na 1ª série e a expansão ocorre gradualmente para as próximas séries. Cada escola oferta uma jornada de nove horas. O currículo é composto por 30 horas semanais de disciplinas da base comum a todos e 15 horas na parte flexível, sendo que 10 são escolhidas pelos 39 mil estudantes atendidos”, ressalta Aguiar.

O parlamentar do PDT reconhece que há 12 anos o Ceará tinha um dos piores indicadores do país em educação e, nesse período, “com uma política meritocrática, onde o imposto estadual é dividido de acordo com os indicadores de educação do município, conseguiu bons resultados”. No último IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), das 100 melhores escolas públicas do Brasil, 82 são do Ceará.

O pedetista aponta, ainda, que no ensino superior o Ceará também apresentou uma considerável evolução. A população cearense no ano 2000 era de 7.417.734, dos quais 126.654 possuíam diploma de nível superior. Em 2017, o Estado já contava com 21,6% a mais de habitantes, totalizando 9.020.460 pessoas. “Contudo, o salto de cidadãos com ensino superior completo foi de quase 400%, chegando a 623.000 pessoas formadas”, concluiu o parlamentar.

O Estado