Magistério: prefeitos fazem os cálculos para pagar folha de janeiro com reajuste do piso salarial




Os prefeitos da maioria dos 184 municípios do Ceará estão na semana de fechamento da folha salarial do mês de janeiro, com uma preocupação: a inclusão nas despesas do reajuste de 12,84% do piso salarial nacional do magistério para 2020. O assunto ganhou destaque, nesta quarta-feira (29), no Bate Papo Político, do Jornal Alerta Geral (FM 104.3 + FM 107.5, na RMF, + 26 emissoras no Interior + Internet), com os jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida.

O valor, que passa de R$ 2.557,74 de 2019 para R$ 2.886,24 em 2020, terá um impacto, em 2020, de R$ 400 milhões nos cofres das cidades cearenses, de acordo com o consultor econômico da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece), José Irineu Carvalho. Irineu calcula, ainda, que, como repercussão desse reajuste.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), conforme o repórter Sátiro Sales, considera real a necessidade de valorização dos profissionais da educação, mas aponta que, como repercussão da elevação do piso salarial, os 5.557 municípios brasileiros terão uma despesa extra de R$ 8,7 bilhões.
Os gestores terão que cumprir a lei do piso, mas os dirigentes nacionais da CNM tem uma queixa: de 2009 a 2020, a categoria do magistério recebeu aumento de 203,61%, e, no mesmo período, o salário mínimo cresceu 121,7% e a inflação, pelo INPC, 61,4%.

A rede municipal de ensino em todo o Brasil, segundo dados da CNM, tem 1 milhão, 170 mil professores, incluindo, nesses cálculos, os integrantes do magistério nas 184 cidades do Ceará.
A previsão é que, no ano eleitoral, a lei do piso salarial ou a lei de responsabilidade fiscal será, literalmente, rasgada. Essa previsão ganha legitimidade nas palavras do presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Glademir Aroldi.


“Muitos prefeitos vão ter de decidir entre descumprir a lei do piso ou a de responsabilidade fiscal”, declarou o presidente da CNM.

Ceará Agora