Presidente não subirá em palanque eleitoral de candidatos que não sejam filiados ao Aliança pelo Brasil



Eleições municipais

Ontem, Bolsonaro falou também do cenário eleitoral. Ele disse que não subirá no palanque eleitoral de candidatos que não sejam filiados ao Aliança pelo Brasil, partido que pretende criar.

Na entrada do Palácio do Alvorada, onde cumprimentou um grupo de eleitores, ele disse que não discutirá política caso a sua legenda não lance nomes. O próprio presidente já afirmou que a chance é de "1%" de a nova sigla ser viabilizada a tempo.

"Não discuto política. Se meu partido não tiver candidato, não vou me meter em política municipal no corrente ano, ponto final", afirmou.

O partido precisa do apoio de 492 mil assinaturas até abril para participar do pleito municipal.

Nesta semana, foi iniciado um mutirão para colher apoios, com foco no Nordeste. Depois, a Justiça Eleitoral ainda precisa checar as assinaturas e conceder o registro, processo que não costuma ser célere. Em caráter reservado, aliados do presidente estimam que isso só deve ocorrer no segundo semestre.

Com o cenário desfavorável, Bolsonaro chegou a articular o apoio a nomes de outras legendas pelos quais ele tem simpatia, como do apresentador José Luiz Datena (sem partido-SP) e do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ).

Ele, no entanto, passou a repensar essa possibilidade desde o início desta semana. Ontem, ele recebeu no Palácio do Planalto o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. O empresário é filiado ao MDB, mas, segundo aliados do presidente, cogita se filiar ao Aliança e se candidatar pelo partido novamente ao Governo de São Paulo. Na última eleição, ele ficou em terceiro lugar no Estado.