PRF usará 23 bafômetros a mais para fiscalizar estradas na Operação Carnaval 2020





A Polícia Rodoviária Federal no Ceará (PRF) anunciou que contará com reforço para fiscalizar os casos de embriaguez ao volante durante o feriado de Carnaval: serão 23 bafômetros passivos a mais utilizados por agentes nas rodovias federais. O aparelho é diferente do usado comumente nas abordagens e não necessita de bocal. A força-tarefa da PRF deve ter à sua disposição, entre bafômetros tradicionais e passivos, 77 equipamentos para medir presença de álcool em motoristas.

Este ano, 28 aparelhos passivos serão usados na fiscalização. O número é cinco vezes maior do que em 2019, quando os agentes federais tiveram acesso a cinco unidades do equipamento. A tecnologia será usada durante a Operação Carnaval 2020, que começa nesta sexta-feira (21) e segue até a próxima quarta-feira (26) em todo o Estado.

O dispositivo funciona como uma triagem para avaliar a necessidade do uso do bafômetro comum, que mede o nível de álcool no sangue. De acordo com o inspetor Flávio Maia, chefe de comunicação da PRF, o aparelho indica a presença ou não de moléculas de álcool. “O resultado sai em poucos segundos. Ao aproximar o sensor do motorista abordado, a máquina reage à presença de álcool e pode brilhar em duas cores: vermelho, mostra presença de álcool e verde indica que o motorista não consumiu a substância”, explica.

Exame

Após o teste, os usuários com presença de sangue são encaminhados para o exame de alcoolemia, com bafômetro tradicional. Medir a concentração é importante para aplicar as penalidades cabíveis. “Motoristas com nível de álcool no sangue entre 0,05 mg a 0,33 mg são multados e tem o carro retido”, esclarece Maia.


R$ 2.934,70
É o valor da multa para o condutor que se recusa a fazer o teste do bafômetro. Se houver reincidência, a multa é dobrada e o motorista terá CNH cassada



A conduta muda quando a concentração excede esse limite. “Caso o condutor esteja com nível maior 0,34, ele é autuado em flagrante por crime de trânsito e conduzido para uma unidade da Polícia Civil.” alerta Flávio.

A abordagem com o bafômetro passivo é similar à do equipamento comum. “Nós convidamos o usuário a fazer o teste. A diferença é que ele não precisam de bocal. O agente coloca o sensor a 10 cm do motorista e faz o exame."

O inspetor recomenda ainda que motoristas devem evitar conduzir veículos após ingestão de álcool, mesmo que o intervalo entre a ingestão e a direção seja espaçado. “Não é possível determinar um tempo para digestão do álcool pelo organismo. Varia de metabolismo para metabolismo e da quantidade da substância que foi ingerida. O ideal é evitar beber e dirigir.” conta.