Fortaleza desperdiça chances e empata em nova boa atuação , sem vitória na Série A




Legenda: Fortaleza criou as principais chances, mas não foi efetivo em São Januário
Foto: Bruno Oliveira / Fortaleza



O desempenho do Fortaleza evoluiu, as chances foram criadas, mas o resultado era necessário - já são cinco partidas sem vitória na Série A. O empate sem gols contra o Vasco, nesta quinta-feira (19), no Rio de Janeiro, foi reflexo de um time organizado, mas pouco efetivo. Na verdade, pecou pelo desperdício: foi melhor e não soube ganhar o jogo.

O cenário seria favorável, não fosse o contexto atual. Até porque Marcelo Chamusca devolveu competitividade a equipe, mesmo com desfalques e período curto de trabalho. O agregado da situação, com dois pontos de vantagem da zona de rebaixamento, pesa na análise.
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Dos méritos, um Leão vibrante na marcação. O adversário tentou respirar no primeiro tempo e foi abafado em São Januário. Pelo meio, Ronald e Juninho tiveram boa atuação totalizando 10 desarmes, fundamento carente no Pici.

A defesa funcionou tanto que Felipe Alves foi exigido uma única vez, sem dificuldade. O panorama indicou um coletivo que tomou as rédeas e deixou a sensação de que iria inaugurar o placar a qualquer momento, sem sucesso.

É evidente que o lado direito funcionou mais. Tinga e Marlon participaram. Mas ainda é um Fortaleza que pode pensar com a bola e construir espaços no sistema ofensivo. A bola parada, por exemplo, foi a grande arma.

Os números são mostra do volume tricolor. Em posse de bola (53% x 47%), finalizações (18 x 11) e passes (395 x 360), a equipe cearense envolveu o adversário e insistiu até quando teve fôlego. Quase sem alternativas, Chamusca se resguardou na defesa sem perder força com Wanderson Jackson e Derley na última linha, liberando os laterais.
Desempenho x Resultado

A estratégia adotada no fim tem qualidade pela coragem e compreensão da necessidade do placar. E caminhos foram traçados para planejamento futuro. Bruno Melo é um: de zagueiro foi para ponta e superou a marcação inúmeras vezes, inclusive no grande passe para Bergson desperdiçar aos 41 na grande área.

O resgate de nomes esquecidos, como Derley e Mariano Vázquez também pode surgir como positivo. Além da manutenção de dois laterais na dobradinha da esquerda com Carlinhos, artimanha que o elenco está adaptado.

Os indícios são de evolução, com manutenção do ímpeto - o grande pedido de Chamusca. O Fortaleza mudou do 4-4-2 para 4-2-4 e terminou no 3-4-3 em mostra de que o padrão tático pertence ao Fortaleza, ao elenco. Só que o momento exige reação, não apenas desempenho. Ao Fortaleza não basta mais jogar bem, precisa vencer nas próximas rodadas e tem pela frente Botafogo e Goiás em novembro.

DN 

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