Os desafios de Enderson Moreira e o que esperar do novo treinador leonino






Legenda: Enderson Moreira assume no lugar de Marcelo Chamusca com a meta de livrar o Fortaleza do rebaixamento
Foto: THIAGO GADELHA



O suspense não durou muito tempo. No mesmo dia em que anunciou a saída de Marcelo Chamusca, o Fortaleza acertou com Enderson Moreira para comandar o clube não somente nas últimas 10 rodadas do Brasileirão, mas com contrato até o fim de 2021. É certo que os desafios do treinador são grandes, mas o torcedor leonino deve esperar um técnico que goste de ter a posse de bola e busca um jogo ofensivo



A primeira missão de Enderson será de acabar com o péssimo momento do Fortaleza, que só venceu um dos últimos 12 jogos e já acumula seis partidas de jejum. Também de recuperar aquela que é hoje a terceira pior campanha no 2º turno do Brasileirão.

]Em nove jogos do returno, exatamente as partidas que marcaram a passagem de Marcelo Chamusca, o Tricolor acumulou quatro derrotas, quatro empates e somente uma vitória. Para conseguir “virar a chave” no Pici, Enderson terá que recuperar o aspecto psicológico dos jogadores. O problema do Fortaleza passa muito pela crise de confiança do atual elenco em decorrência dos últimos resultados.

E tudo isso sem muito tempo para trabalhar. O treinador já estará na capital cearense para a partida de amanhã, contra o Grêmio, às 21 horas, na Arena Castelão, mas os períodos de treinamentos serão curtos para as próximas 10 rodadas.


O torcedor do Fortaleza pode esperar um treinador enérgico, com perfil estudioso e que gosta de um jogo ofensivo. Estas são algumas das características do mineiro de 49 anos.

Em seus últimos trabalhos (inclusive nas duas passagens que teve pelo Ceará, em 2019 e em 2020), priorizou o sistema tático 4-2-3-1, com dois volantes com qualidade no passe e de saída de jogo, um meia centralizado e dois atacantes velocistas abertos. Além disso, tem como um dos pilares centrais do trabalho a valorização da posse de bola, com um jogo propositivo em que busca ser protagonista, tomando as ações da partida e dificilmente adota uma postura mais reativa, de esperar o adversário. Gosta da equipe organizada, que saia desde o goleiro com toques curtos para construção ofensiva qualificada, sem abrir mão da solidez defensiva.

Apesar dos trabalhos recentes não terem sido positivos, Enderson acumula passagens por grandes clubes do futebol brasileiro, como Santos, Grêmio, Fluminense, Bahia e Athletico/PR. Alguns dos trabalhos mais sólidos do treinador ocorreram no Goiás, onde foi campeão da Série B do Campeonato Brasileiro, em 2012, e também no América/MG. Comandando o Coelho, levou o time mineiro ao título da Segundona em 2017, desbancando o favorito Internacional.

DN 

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