Novo decreto permite aulas presenciais do ensino superior e feiras livres





De acordo com o novo decreto estadual de enfrentamento à pandemia de covid-19, publicado em Diário Oficial do Estado (DOE) no último sábado (26), a partir de hoje (28), fica liberado o retorno às aulas presenciais do ensino superior em faculdades e universidades, além da permissão para a realização de feiras livres em todo o estado. As novas medidas foram anunciadas pelo governador Camilo Santana (PT), na última sexta-feira (25), por meio de transmissão ao vivo em suas redes sociais. Mesmo com as autorizações, o chefe do Executivo estadual, acompanhado do secretário da Saúde, Carlos Roberto Martins Rodrigues Sobrinho, doutor Cabeto, manteve o toque de recolher diário, das 23 às 5 horas.FOTO DIVULGAÇÃO


Segundo Camilo, a flexibilização e equidade das medidas restritivas estaduais para impedir a disseminação do coronavírus no Ceará só foi possível por causa da considerável queda dos índices de positividade – conforme dados da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), a cada dez exames realizados, apenas dois apresentam resultado positivo – e mortes, menos de dez por dia, pela doença e devido ao avanço da campanha de imunização no estado.
“Fica autorizado em todo o estado o retorno presencial do ensino superior, com a opção de os alunos escolherem pelas aulas de forma remota. Também serão liberadas as feiras livres, seguindo todos os protocolos sanitários que serão publicados no decreto. Com a queda do número de casos e óbitos, o nosso comitê decidiu, também, igualar a macrorregião do Cariri com as demais regiões cearenses”, destacou.


Ademais, o governador informou que os decretos estaduais passarão a ter validade de duas semanas e aproveitou para reiterar a necessidade da manutenção dos cuidados básicos no combate ao vírus e suas variantes. “Não podemos relaxar nos cuidados. É fundamental que cada um faça sua parte. Precisamos continuar respeitando as regras sanitárias, evitar aglomerações e sempre usar a máscara”, reforça.

Receio
Mesmo com a queda de indicadores de infecção e mortalidade da covid-19, o retorno às aulas presenciais causa receio e preocupação em universitários. Graduando em jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Zeca Lemos, 22, considera precipitada a liberação para volta ao ambiente acadêmico, tendo em vista que boa parte dos componentes deste setor ainda não receberam sequer a primeira dose do imunobiológico contra o coronavírus.
“Acho muita falta de prudência. A quantidade de alunos vacinados contra a COVID-19 ainda é muito pequena. Logo, voltar às aulas presenciais neste momento constitui perigo de contaminação para os estudantes e para as pessoas ao redor deles”, avalia.


Já o feirante Francisco Penha, 75, diz estar ciente do risco, no entanto, acredita que o momento já possibilita uma volta gradual das feiras livres. “Muitos dos feirantes que eu conheço já foram vacinados e, tendo em vista o perfil dos clientes que frequentam as feiras, inclusive, com boa parte já vacinada também, entendo que já esteve mais perigoso. Não é que deixou de ser, mas já sabemos bem o que é preciso fazer”, pontua.

Proibições
Além das permissões concedidas pelo Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia, o novo decreto mantém proibidas aglomerações e circulação de pessoas em espaços públicos ou privados, como praias, praças e calçadões – com ressalva para a utilização desses espaços para prática esportiva individual, deslocamentos imprescindíveis ou acesso a atividades essenciais; festas e quaisquer tipos de eventos.


Seguem desautorizados, também, o funcionamento de parques aquáticos, exceto os que estão associados a empreendimentos hoteleiros, e de teatros, sejam eles públicos ou privados. Outras medidas que serão conservadas por, pelo menos, até o próximo dia 14, são o toque de recolher, atualmente sendo executado das 23 às 5 horas, e o horário ativo de lojas e serviços de rua, das 10 às 19 horas, e de shoppings, de 12 até 22 horas, com a capacidade de 50%.
(Por Eudes Viana, sob a supervisão da editoria de Cidades)

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