Após ser preso pela PF , pastor Arilton disse que iria "destruir todo mundo"




O pastor foi preso sob acusação de atuar no "balcão de negócios" do Ministério da Educação. A ameaça ocorreu em uma ligação interceptada pela Polícia Federal


PG
Pedro Grigori






O pastor Arilton Moura e o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. - (crédito: Luis Fortes/MEC)

O pastor Arilton Moura, preso na última quarta-feira (22/6) sob acusação de atuar no “balcão de negócios” do Ministério da Educação (Mec), prometeu “destruir todo mundo” se a investigação atingisse a família dele. A ameaça foi interceptada pela Polícia Federal e o áudio foi divulgado pelo jornal O Globo.


Em telefonema com a advogada, o pastor diz que havia sido detido pela Polícia Federal e demonstrava preocupação com a esposa. “Eu preciso que você ligue para a minha esposa, acalme minha esposa. Porque se der qualquer problema com a minha menininha, eu vou destruir todo mundo”, disse.

Em resposta, a advogada pede que o pastor fique calmo. “Entra em oração para se acalmar e a gente cuida das coisas por aqui”.

Arilton foi detido em Belém, na mesma ação que prendeu o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, e o pastor Gilmar Santos, de quem é considerado “braço direito”. Os dois pastores são acusados de pedirem propina a prefeitos em troca da liberação de verba e investimentos do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para municípios.

Atualmente, Arilton é assessor de assuntos políticos da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros da Assembleia de Deus no Brasil. Antes disso, foi secretário extraordinário para Integração de Ações Comunitárias do governo Simão Jatene (PSDB) no Pará, e antigo presidente paraense do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), que hoje é o Podemos.


O desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), determinou a soltura dos pastores na quinta-feira (23/6).

A reportagem tentou entrar em contato com a defesa do pastor Arilton Moura, mas não teve retorno. O espaço segue aberto para futuras manifestações
Correio Brasiliense 

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