Primos com braços amputados ganham medalhas junto no mundial de natação paralímpica




Samuel, de 16 anos, e Tiago, de 21, perderam o braço em 2015 quando tentaram desenroscar pipa de árvore.

O Liberal





Samuel e Tiago Oliveira, primos e medalhistas da natação paralímpica (Guilherme Yoshida/CPB)
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O Brasil ganhou nesta semana dois candidatos a ídolos no esporte paralímpico. Samuel Oliveira, de 16 anos, já venceu cinco medalhas no Campeonato Mundial de Natação Paralímpica, em Portugal. Em uma das provas, ele dividiu o pódio com Tiago Oliveira, seu primo. Ambos começaram no esporte juntos, após terem os braços amputados em um acidente em 2015.

Quando tinha apenas 9 anos, Samuel pediu ajuda ao primo, que tinha 14. Eles tentavam desenroscar uma pipa que havia caído em uma árvore. Na época, a fiação de luz estava encoberta por folhas.

Os dois receberam uma descarga elétrica de 13 mil volts, que entrou pelas mãos e atravessou o corpo deles. A corrente causou queimaduras sérias nos dois e os seus braços entraram em estado de necrose. Para evitar uma infecção mais grave, precisaram ser amputados.


Foi a natação que os ajudou a superar as dificuldades impostas pelo acidente. Samuel, que não sabia nadar, começou a ter contato com o esportes na AACD, em sessões de fisioterapia. Em seguida, foi a vez de Tiago, que seguiu o primo e passou a procurar um lugar para aprender a nadar em Campinas.

Na Ilha da Madeira, os primos foram juntos ao pódio dos 200m medley, na quinta (16), com Samuel em segundo, com a medalha de prata e o tempo de 2min59s25, e Tiago com o bronze, com 3min15s01. Para o mais velho, foi a despedida da competição depois de dois sextos lugares, nos 50m costas e 50m borboleta, justamente as duas provas individuais vencidas pelo mais novo

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