Ciro Gomes: falta de alianças para candidatura "é opção minha"
















Em entrevista nesta quarta-feira (6/7), o presidenciável afirmou que não quer governar para manter os modelos econômico e de governança política, e que alguns partidos ainda avaliam o apoiar



VC


Victor Correia
O pedetista sofre críticas por parte da esquerda por não desistir de concorrer ao Planalto nem apoiar o ex-presidente Lula - (crédito: Reprodução YouTube)


O ex-governador do Ceará e pré-candidato ao Planalto Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira (6/7) que a falta de uma aliança ampla em torno de sua candidatura “é uma opção minha”, e que não quer governar para manter os modelos econômicos e de governança política atuais. Ele também voltou a atacar os adversários Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendendo que os dois são “iguaizinhos”.

“É um problema, certamente, mas é um problema que é uma opção minha. (...) Eu não quero ser candidato para repetir o modelo econômico e nem o modelo de governança política”, contou o presidenciável em entrevista ao jornal SBT News, após ser questionado sobre a falta de uma aliança em torno de sua candidatura.

Ciro disse ainda que alguns partidos ainda avaliam apoiá-lo. “Eles querem ver até a última hora qual é a condição de viabilização da minha candidatura, o que eu considero normal. Mas eu estou pronto para disputar, se necessário, apenas com as forças do meu partido”.

O pedetista sofre críticas por parte da esquerda por não desistir de concorrer ao Planalto nem apoiar o ex-presidente Lula. Ele é cobrado para realizar um “gesto de grandeza” para derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno.

Questionado sobre isso, Ciro respondeu que “O fascismo, infelizmente, não é uma prática só do bolsonarismo não. Ele está entranhado igualzinho no lulopetismo radicalizado. (..) Quem tem que fazer um gesto de grandeza é um que nunca teve oportunidade de colocar em prática ideias que são absolutamente revolucionárias para mudar o Brasil?”.

Ciro responsabiliza Lula pela eleição de Bolsonaro e pela crise atual, defendendo que os dois adversários são iguais e que a polarização entre os dois é “o maior estelionato eleitoral” da história brasileira. “O deboche, a agressão, a agressividade. E depois não compreendem por que não há ambiente para eu nunca mais andar com essa gente”, disse o ex-governador
CB

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