Faca é encontrada em lixeira perto de escola no Crato


Na manhã desta quarta-feira, 29, as aulas do Liceu do Crato terminaram mais cedo após uma faca de cozinha ter sido encontrada em uma lixeira ao redor da unidade de ensino. A Polícia Militar foi acionada e, preocupados com a segurança dos estudantes, os pais solicitaram que os jovens fossem liberados antes do horário padrão. Apesar do tumulto, não houve feridos e nem registros de ameaças contra alunos ou funcionários.

Foto: Reprodução

O caso chamou a atenção por acontecer na mesma semana em que um ataque semelhante foi registrado na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona Oeste de São Paulo, resultando na morte de uma professora. Nesse contexto, é importante ressaltar que a Secretaria da Educação do Ceará (Seduc) destacou que a informação que a faca pertencia a um aluno não foi confirmada. Em nota enviada à reportagem, a Seduc detalhou que segue acompanhando a situação com o apoio da Polícia Militar. “Até o momento, o que é possível afirmar preliminarmente, é que foi verificado o descarte de uma faca de cozinha em uma lixeira no entorno da escola e não na instituição […] Os órgãos de segurança foram acionados, conforme o procedimento”, detalhou a secretaria.

Em imagens que mostram os arredores da instituição, é possível ver a movimentação de policiais e alunos. De acordo com relatos, algumas pessoas chegaram a passar mal. Em um áudio divulgado nas redes sociais, um suposto funcionário da escola afirma que os boatos foram espalhados com irresponsabilidade, fazendo com que os pais fossem até a unidade nervosos em busca dos filhos por acreditarem que os estudantes teriam sido feridos. 

É válido lembrar que, também nesta semana, um adolescente de 15 anos foi detido no Rio de Janeiro após ter tentado ferir colegas com uma faca. De acordo com as informações, ele tinha a intenção de atingir, pelo menos, duas meninas. Uma delas foi levada para o Instituto Médico Legal, pois sofreu arranhões leves. O agressor foi contido por funcionários.

Violência escolar no Ceará

Em outubro do ano passado, em Sobral, um estudante entrou com uma arma na  Escola Estadual Professora Carmosina Ferreira Gomes. Três colegas de turma acabaram sendo feridos por disparo de arma de fogo. Um deles, Júlio César de Souza Alves, de 15 anos, faleceu após ter sido atingido na cabeça. Em depoimento à polícia, o estudante que levou a arma para a escola, também de 15 anos, alegou ser vítima de bullying.

Com o caso, o Governo do Ceará, que era comandado por Izolda Cela, determinou que as forças de segurança investigassem a origem da arma utilizada. Na época, a polícia prendeu tanto o proprietário da arma, que estava registrada como pertencente a um colecionador, atirador desportivo ou caçador (CAC), quanto o pai do adolescente. 

Posteriormente, as investigações apontaram, no entanto, que a arma disparou um único tiro acidentalmente, uma vez que ainda estava dentro da mochila no momento da ocorrência. Além disso, concluiu-se que os três estudantes feridos no episódio não eram os responsáveis pelo bullying sofrido pelo adolescente que levou a arma.

Caso de São Paulo

Na manhã da última segunda-feira, 27, um estudante de 13 anos esfaqueou quatro professoras e um aluno dentro da escola onde estudava. Elisabete Tenreiro, de 71 anos, faleceu no hospital após sofrer uma parada cardíaca. O aluno era integrante da turma do oitavo ano e foi desarmado por outras professoras da unidade. O Governo de São Paulo decretou luto oficial de três dias pelo falecimento da professora.

O responsável pelo ataque passou por uma audiência na Vara da Infância e da Juventude na última terça-feira, 28. Três das outras vítimas, que foram feridas superficialmente, receberam alta após atendimento médico. Uma outra professora, no entanto, precisou passar por um procedimento cirúrgico para suturar os ferimentos naquele mesmo dia

O Estado

 

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