Segundo os organizadores, o diferencial desta 9ª edição da Feira, é abrir espaço cada vez mais cedo para o Ensino Fundamental, com a iniciação à pesquisa. Apesar da premiação para os três primeiros lugares por categoria, apenas um dos projetos será credenciado para representar a região na disputa estadual, a ser realizada em Sobral, entre os dias 18 e 20 de dezembro.
De acordo com Wendel Melo Andrade, "esta Feira é resultado de uma primeira etapa entre escolas, onde seus melhores projetos são apresentados nesse momento. O nível dos trabalhos está muito bom. Estamos comemorando também a decisão de, pela primeira vez, a Feira Estadual ser apresentada no Interior. Isso abrirá novos horizontes e aproximará ainda mais nossos alunos do que há de melhor em termos de ensino e tecnologia no Ceará", disse.
Pedro Moreira, aluno do 2º Ano do Ensino Médio, veio do município de Moraújo para mostrar as várias formas de se aproveitar a energia, com o uso do calor, vento, e reações químicas. O trabalho "Brincando com Energia" utiliza objetos simples que demonstram as transformações da energia e o poder da termodinâmica.
Praticidade
"Criamos um gerador eólico, baterias de água e sal, uma maquete representando a iluminação de uma vila, e um motor térmico, com uso de duas pequenas velas de cera. O objetivo é realmente mostrar que se pode aprender Física brincando. E que materiais simples, que antes iam para o lixo, podem ser usados para gerar energia", disse. Antônio Francisco Moreira e mais dois amigos criaram a "Automatic House", uma casa que utiliza a robótica para dar mais conforto e comodidade a ações mecânicas, como ligar luzes, abrir e fechar portões, portas e janelas, com ajuda de controle infravermelho ou por meio de um aplicativo para celular.
"Isso representa mais praticidade de ações e economia de energia. O uso de sistemas de aerogeradores, placas solares e sensores de temperatura vai reduzir muito os custos com as tarifas", garantiu.
Para o professor de Física Edmar Miranda, "trabalhando a robótica, você cria um aluno com um melhor raciocínio lógico, com uma visão mais abrangente das coisas e isso sem falar que todos os projetos são interdisciplinares, cada um tem um pouco de cada disciplina vista em sala de aula".
A Feira de Ciências e Cultura, realizada nas dependências do Centro de Educação a Distância de Sobral (CED), que reuniu cerca de 375 participantes, reforça a ideia de que o espaço público, criado em setembro do ano passado, tem colaborado para a melhoria da Educação na formação de professores, estudantes e comunidade, por meio de ensino presencial, semi presencial e da educação à distância, utilizando novas tecnologias.
DN