Eunício trabalha chapa Aécio, tasso e Moroni


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É tempo de costuras eleitorais. Uma reunião que aconteceu ontem, em Brasília, definiu o destino do senador Eunício Oliveira (PMDB). Participaram do encontro lideranças dos Democratas, PSDB e PR. O PPS também deve aderir ao grupo. Nos bastidores, a informação é de que ficou acertada a candidatura do ex-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PR), como vice de Eunício Oliveira ao governo do Ceará e o nome do empresário Tasso Jereissati ao Senado, com a indicação de Chiquinho Feitosa (DEM) à primeira suplência.
Se as tratativas forem confirmadas, de acordo com o diálogo mantido ontem, o PMDB conseguirá garantir um maior tempo de televisão, além é claro, de reforçar seus cabos eleitorais na disputa pelo voto. As articulações mudam a todo o instante, inclusive outras reuniões devem acontecer durante a semana, mas, caso as tratativas iniciais sejam mantidas, Eunício dará palanque ao candidato tucano Aécio Neves, no Ceará. Esse ainda é o maior ponto de tensão, uma vez que o peemedebista tem reafirmado o interesse de manter o apoio à reeleição de Dilma Rousseff.
Oficialmente, ninguém confirma, mas também não nega. Do lado do PMDB, aliados de Eunício estão esperando, “por uma questão de respeito”, que o senador converse pessoalmente com o ex-presidente Lula e com a presidente Dilma Rousseff, para, só depois, tornar pública a decisão que, nos bastidores, já circula como definida.
Segundo o vice-prefeito de Fortaleza, Gaudêncio Lucena (PMDB), Eunício já teria comunicado ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, a coligação com o PSDB no Ceará. Lucena, embora tenha desconversado sobre a definição da coligação, afirmou que as conversas estão adiantadas e, tão logo seja concretizada, será anunciada oficialmente, até mesmo antes da convenção estadual a ser realizada no domingo, dia 29 de junho.
Ao comentar a aliança nacional, Gaudêncio disse que “o PT quis participar de outra coligação, então faremos a nossa”, deixando nas entrelinhas que, assim que confirmado uma decisão, Eunício pessoalmente comunicará o ex-presidente Lula. No Ceará, a cúpula petista fechou com o governador Cid Gomes (Pros) o apoio a um dos cinco nomes de sua confiança que será indicado como candidato para disputar o governo contra a candidatura de Eunício Oliveira.
BAIXA NA BASE ALIADA
A possível aliança entre PSDB e PMDB sepultou a articulação do PPS e DEM, que ensaiavam indicar o nome de Moroni Torgan como possível candidato, numa alternativa para os aliados de Cid Gomes que não concordam com a indicação do deputado José Nobre Guimarães ao Senado. A proposta, porém, seria apresentada ao conjunto de aliados, mas o anúncio foi suspenso. Além disso, Moroni fica ainda numa saia justa com os irmãos Ferreira Gomes, uma vez que, por orientação nacional, não poderá subir no palanque de Cid. PPS e DEM fazem parte da base de apoio de Cid e, com a confirmação do acordo, reduzem a composição governista. No entanto, alargando a base de Eunício Oliveira.

O ESTADO

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