Enquanto respeitou o adversário e manteve a posse de bola, a
equipe da Capital teve chance de definir a partida sem sobressaltos. Mas
o "cochilo" na segunda etapa acabou sendo fatal e a vitória foi mesmo
rubro-negra
Foto: Wellington Macêdo
É obvio que a palavra "arrogância" é pesada, mas ela explica o porquê de o time de Porangabuçu ter abdicado do bom futebol que mostrou ao longo do primeiro tempo para o relaxamento exacerbado após o tento que lhe dava a vantagem na partida.
Ainda assim, nem tudo está perdido para o Vovô. Com a bola no pé e respeitando o adversário, a equipe tem tudo para avançar com tranquilidade e até chegar à final do Estadual sem muitos sustos. O tropeço na própria sombra, se bem observado pelo treinador Dado Cavalcanti, pode ser muito positivo para a sequência do certame.
O jogo
Dado, inclusive, tomou uma atitude ousada para o confronto, ao testar alguns atletas que não tiveram a oportunidade de jogar na vitória por 3 a 0 sobre o Itapipoca, na última quinta-feira, 15.
A decisão pode até ser discutível, mas mostra que o Ceará está pensando grande. O Cearense importa, mas com o calendário apertado - culpa dos clubes -, as primeiras rodadas devem ser encaradas como uma pré-temporada, tempo para avaliar o elenco.
Nos primeiros minutos, Sandro Manoel, Marinho, Uillian e Caio César honraram as posições que herdaram de João Marcos, Eusébio, Ricardinho e Magno Alves, respectivamente. Com velocidade, mostrava que era questão de tempo abrir o placar.
Autor de dois gols na abertura do campeonato, Assisinho sofreu forte marcação de Daniel e não conseguiu se livrar do defensor. Assim, o gol sairia de outro alvinegro, só que zagueiro.
Aos 30 minutos, Marinho cobrou escanteio com perfeição, Sandro se adiantou para o primeiro pau e, entre três rivais, subiu mais alto para cabecear para o fundo do gol. O zagueiro artilheiro fez o primeiro dele na temporada: 1 a 0.
Mas foi justamente no auge da superioridade que ocorreu a derrocada alvinegra. Aguerrido desde o início, o Guarany, que se esforçou para enfrentar o time da Capital em pé de igualdade, começou a colocar a bola no chão e ter mais tranquilidade. Sem se desesperar, o Bugre deixou o gramado, ao fim do primeiro tempo, com o revés, mas ciente de que poderia reagir.
Para a etapa complementar, o técnico rubro-negro Júnior Cearense pôs Patuta no lugar de Zé Augusto. A substituição deu resultado e o empate não demorou. Aos 4, Fernando Sobral cobrou falta com categoria, no ângulo, e deixou tudo igual.
Na pressão, a virada chegou aos 21, em um golaço de Eduardo. O lateral aproveitou bom passe de Maciel para, de primeira, mandar um petardo para estufar a rede: 2 a 1 e vitória merecida.
DN
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