A área do Refúgio, com quase 600 hectares, serve de proteção
ambiental natural, assegurando condições para a existência e reprodução
de várias espécies e é utilizada também para o turismo ecológico
FOTO: JEAN AVILA
A área, com quase 600 hectares, serve de proteção ambiental natural, assegurando condições para a existência e reprodução de várias espécies, comunidade da flora e da fauna residente ou migratória, além de contribuir para a preservação da diversidade biológica e favorecimento de pesquisas e estudos de caráter biológico ou ecológico.
Segundo Ávila, nesses cinco anos de existência, um dos grandes desafios foi a caça que muitos moradores realizavam dentro do Refúgio: "Hoje eles já estão bem conscientes da necessidade de preservação dessa área, que vem crescendo em importância para estudiosos, pesquisadores e até mesmo esportistas".
Com trilhas de até cinco quilômetros, cada vez mais ciclistas buscam a região para passeios e esporte. "Aos poucos, vamos abrindo mais espaço para esse tipo de turismo e esporte sustentável", declarou Ávila.
Na última sexta feira, os alunos de escolas municipais do distrito de Taperuaba realizaram um passeio ciclístico com aula de campo no Refúgio de Vida Silvestre Pedra da Andorinha. Estiveram presentes no local, o gerente da reserva, professor Francisco Ávila; e o secretário de Segurança e Cidadania, coronel Sidney Moraes.
"Antes mesmo da visita dos alunos ao refúgio, fui pessoalmente às escolas e palestrei sobre a importância da Pedra da Andorinha para o município de Sobral. Os alunos ficaram bastante empolgados para conhecer o local e, de quebra, montamos o esquema do passeio ciclístico, que foi ótimo", contou o professor Francisco Ávila.
O secretário de Segurança e Cidadania, coronel Sidney Moraes, explicou aos alunos a importância do esporte e da preservação da Pedra da Andorinha. "Em um mundo onde boa parte dos jovens trocou o esporte pela tecnologia, conciliar o esporte com a educação ambiental é bastante importante para esta e as próximas gerações", finalizou.
Paredes rochosas
O Serrote das Andorinhas, como também é chamado, tem orifícios entre as paredes rochosas que servem de abrigos para as aves desta espécie. Segundo o geólogo Célio Cavalcante, que esteve na região, lá são encontradas de 11 a 14 tipos de andorinhas brasileiras, três das quais apenas no verão. "Outra espécie costuma se refugiar no inverno aqui, e no verão migra para o sul, rumo à Patagônia. É uma área geológica que se caracteriza pelo afloramento de rochas graníticas, de textura predominante porfiroblástica, de coloração acinzentada, onde os cristais se encontram grandes e bem preservados", descreveu.
A andorinha raramente dorme. Apenas diminui o ritmo do metabolismo durante a noite. Tem tempo de sobra para fazer o que mais gosta: piar. Elas piam sem parar, ensurdecedoramente. E conseguem, no caso das de bico-amarelo, assustar alguns.
Já as de bico-vermelho, corajosas, atacam o gavião-carcará, o inimigo número um dos seus ninhos. A dança das andorinhas, um espetáculo proporcionado pela natureza e que se repete em todos os primeiros meses do inverno, ocorre no Ceará de junho a julho, durante o termino do período chuvoso. Os ovos, brancos, são chocados pelo casal, que dorme junto no ninho, fato incomum entre as aves. A incubação dura 15 dias, em média. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que começam a abandonar o ninho com cerca de um mês de vida. Após a reprodução, todas as espécies migram.
Mais informações:
Autarquia Municipal de Meio Ambiente (AMMA)
Rua Gerardo Rangel, 285
Derby Clube
Sobral
Telefone: (88) 3611-2016
Jessyca Rodrigues
Colaboradora
Comentários
Postar um comentário