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0Justiça
decretou a prisão preventiva de Lidiane Rocha (PP/MA), sob suspeita de
desvio de quase R$ 1 milhão da merenda escolar de Bom Jardim, Maranhão;
na internet ela ostenta viagens e veículos de luxo
A
Polícia Federal no Maranhão procura a prefeita Lidiane Rocha (PP-MA),
da cidade de Bom Jardim, a 275 quilômetros da capital São Luís. Ela é
suspeita de fraudes em licitação e desvio em recursos de merenda escolar
e está sendo procurada. A Justiça expediu mandado de prisão preventiva
contra Lidiane.
Vaidosa,
25 anos, Lidiane exibe nas redes sociais imagens de uma vida de alto
padrão para uma cidade de 40 mil habitantes à beira da miséria, com um
dos menores IDHs do Brasil.
Carros
de luxo, festas e preocupação com a beleza, o que inclui até cirurgia
plástica, marcam o dia a dia da moça que, conforme seu registro na
Justiça eleitoral, candidatou-se pela coligação ‘A esperança do povo’,
com ensino fundamental completo e ocupação declarada ‘estudante,
bolsista, estagiário e assemelhados’.
Seu nome verdadeiro é Lidiane Leite da Silva. Na Justiça Eleitoral, ela é Lidiane Rocha.
Nesta
quinta-feira, 20, foram presos dois ex-secretários de Lidiane – Antônio
Gomes da Silva (Agricultura) e Humberto Dantas dos Santos (Coordenação
Política), ex-namorado da prefeita.
Segundo
o delegado da PF Ronildo da Silveira, responsável pelo inquérito que
investiga a prefeita, os agentes federais no Aeroporto de São Luís estão
de sobreaviso para evitar que a prefeita tente fugir do Estado.
“Policiais federais estão atrás dela, empenhados no recebimento das
informações (sobre a prefeita). Hoje é considerada foragida”, afirma o
delgado federal.
Ronildo
da Silveira suspeita que toda a licitação de merenda escolar tenha sido
fraudada em torno de R$ 900 mil a R$ 1 milhão. O delegado diz ter
certeza de que R$ 300 mil, parceladamente, foram desviados no contrato. O
valor corresponderia ao que seria pago da licitação a agricultores
locais.
“Na
hora de pagar os agricultores, o ex-namorado ia ao banco e sacava o
dinheiro em conjunto com agricultores. Pegava o dinheiro e deixava
migalha com ele, muito pouco, para mantê-los calados”, explica o
delegado.
O
federal conta que as investigações começaram após agricultores
afirmarem que recebiam dinheiro, mas não forneciam nenhum alimento para a
escola. Chamou a atenção da PF, ainda, a vida que a prefeita ostentava
em uma rede social.
“Muitas
viagens, (Lidiane) colocava na internet que estava na hora de comprar
um carro melhor, veículo de luxo, vivia em festa, fazendo cirurgia
plástica”, relata o delegado.
Fonte: politica.estadao.com.br/blogs
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