E como o estatuto do clube prevê que o presidente eleito assuma no dia seguinte e não no ano que vem, o vencedor do pleito herdará um fardo pesado ainda em 2015: a luta contra o rebaixamento para a Série C, restando apenas nove jogos para o fim do certame e oito pontos longe de sair do Z4.
O diagnóstico é dos torcedores alvinegros, ouvidos pelo Diário do Nordeste sobre o cenário que o presidente eleito encontrará no clube e os desafios para 2016. Para eles, tudo passa pela manutenção da equipe na Série B, seja o candidato da situação ou oposição.
"O novo presidente só terá como planejar 2016 se souber a divisão que o clube estará. Se cair para a Série C é um cenário e se escapar é outro. Mas uma coisa é certa, seja quem ganhar vai ter a pressão da torcida para manter o clube na Série B" analisou o torcedor, Jáder Ribeiro, administrador de 38 anos.
Já o autônomo Mauro Alencar, de 42 anos, acredita que o presidente eleito terá a missão dura de evitar a queda de divisão. "Se o Ceará cair vai ser um desastre. E o presidente eleito vai sentir isso na pele. Por isso ele terá que fazer tudo que puder logo que assumir e evitar que o time caia. Porque a torcida vai cobrar jogador de qualidade, bom elenco, boas contratações. E como fazer na Série C? Se o time se manter, vejo um 2016 tranquilo, na briga por títulos, mas se cair, pode aguardar pressão da torcida", disse ele.
Eleição
O pleito que definirá o presidente do Ceará acontecerá no hall do Conselho Deliberativo do clube, das 19 às 22 horas.
Como a votação é restrita ao Conselho Deliberativo do clube, terão direito ao voto apenas os adimplentes, que são cerca de 200 integrantes. "Os conselheiros inadimplentes terão até o dia da eleição para acertarem as pendências financeiras junto ao Conselho Deliberativo. No ato da votação, esses conselheiros precisam portar o comprovante de quitação de débito", esclareceu o presidente da comissão eleitoral do clube, Irazer Gadelha.
DN