Pesquisa indica que reprovação de Dilma vai a 69%


Brasília. Pesquisa CNI-Ibope divulgada, ontem, aponta que 69% dos brasileiros avaliam o governo Dilma Rousseff (PT) como ruim ou péssimo, um ponto percentual a mais que na última pesquisa, divulgada em julho. O levantamento mantêm a presidente como a que tem a pior avaliação desde o fim da ditadura militar.
A pesquisa mostra também que apenas 10% consideram o governo ótimo ou bom, ante 9% no levantamento anterior.
Os que desaprovam a maneira de Dilma governar são 82%, ante 83% em julho. Já os que disseram não confiar na presidente são 77%, contra 78% na última pesquisa -variações dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais. Só 20% disseram confiar em Dilma, mesmo índice de julho.
As expectativas da população com relação à continuidade do governo Dilma oscilaram negativamente em setembro na comparação com junho. De acordo com o Ibope, 63% dos entrevistados avaliam que o restante do mandato da presidente será ruim ou péssimo, ante 61% registrado na pesquisa anterior.
O percentual dos que esperam que o restante do atual mandato seja ótimo ou bom permaneceu estável em 11%, enquanto a parcela dos que esperam um governo regular até o fim de 2018 oscilou de 23% para 21%.
O levantamento revela que a maior desaprovação do governo continua relacionada aos impostos cobrados no País. De acordo com os resultados, 90% desaprovam a carga tributária, enquanto apenas 7% a aprovam. Os valores se repetem há três pesquisas, desde março deste ano. Na sequência, 89% dos entrevistados desaprovam a taxa de juros.
As notícias sobre o governo mais lembradas pela população foram as relacionadas à Operação Lava-Jato (13%), que investiga o esquema de corrupção na Petrobras e outros órgãos públicos. Em seguida, aparece a volta da CPMF, citada por 8% dos entrevistados, o aumento de impostos (7%) e os pedidos de impeachment da presidente (7%).
Na série histórica da pesquisa Ibope, o pior índice que um presidente da República havia atingido desde a redemocratização havia sido de 64%, em julho de 1989, por José Sarney. O levantamento ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em 140 municípios de todo o País entre os dias 18 e 21 de setembro.

DN