Vice-presidente do Conselho das
Secretarias Municipais de Saúde do Ceará (Cosems-CE), Wilames Bezerra
defende que o Governo do Estado precisa assumir “papel de protagonista
em relação ao apoio regionalizado para os procedimentos de média e alta
complexidade”, visto que os municípios não conseguem oferecer serviços
de urgência e emergência de qualidade.Para melhorar o quadro de crise, ele sugere também modificações na
política de financiamento do sistema de saúde, principalmente sobre recursos federais. Conforme o vice-presidente, mesmo que a conjuntura nacional não seja das melhores, cabe ao Estado acompanhar o que tem sido oferecido ao cidadão para que a rede ofereça pelo menos o mínimo necessário.
Sem sinalizar a possibilidade de tomar a frente do problema, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) comunicou, em nota, que “quem é responsável direto pela saúde de cada município é o prefeito. A prefeitura recebe diretamente, sem passar pelos cofres do Estado, os recursos do Ministério da Saúde”.
A assistente técnica da Saúde da Associação dos Municípios Cearenses (Aprece), Ana Mello, reitera: “já foram feitas várias reuniões com a Sesa e o Cosems para buscar um financiamento para os hospitais municipais, porque o orçamento local deve estar voltado para a atenção básica. Essa é a responsabilidade no pacto federativo”, citou. (Luana Severo)