Procuradoria de Justiça do Ceará vai intensificar ação da Procap contra o desvio de verbas



O novo procurador geral de Justiça do Estado do Ceará, Plácido Rios, deverá  nomear nas próximas semanas os novos ocupantes de cargos na direção do Ministério Público Estadual (MPE). Mudanças ocorrerão nas chefias de órgãos que atuam diretamente no enfrentamento aos crimes que atingem a sociedade, em especial aqueles praticados por quadrilhas organizadas.
Uma das mudanças a serem anunciadas em breve será a nomeação da vice-procuradora-geral, Vanja Fontenele (FOTO), no cargo de titular da Procuradoria de Combate aos Crimes Contra a Administração Pública (Procap). Depois de vários anos à frente daquele órgão, o procurador Luís Alcântara será substituído.
No comando da Procap, Alcântara executou um trabalho intenso e contundente no combate à corrupção na esfera administrativa do Estado e dos Municípios. Nos últimos quatro anos, várias quadrilhas e organizações criminosas foram desarticuladas após a realização de investigações que culminaram na descoberta de fraudes em licitações em dezenas de prefeituras cearense.
Um dos casos emblemáticos ocorreu entre os anos de 2012 e 2013 no Município de Senador Pompeu (273Km de Fortaleza), onde, de uma só vez, foram decretadas as prisões preventivas de 31 pessoas, todas gestoras ou ligadas de alguma forma à administração, desde o prefeito aos seus secretários, chefes de licitação, contadores, além de empresários de empresas vencedoras de certames fraudulentos para o fornecimento de bens ou serviços à prefeitura.
Colarinho branco
Operações realizadas  pela Procap, com o apoio da Polícia Civil, foram realizadas em diversas prefeituras para o cumprimento de mandados judiciais de busca e apreensão, de além de prisões preventivas e temporárias, ou mesmo de condução coercitiva, aquela em que o investigado é levado á força à presença da autoridade para prestar esclarecimentos, sendo liberada após depor.
A substituição de Luís Alcântara por Vanja Fontenele deve reforçar o intenso trabalho da Procap na descoberta de fraudes contra os cofres públicos  e na  prisão de seus autores, especialmente gestores, fraudadores e seus cúmplices ou “laranjas”.
Os crimes mais comuns no âmbito da administração pública, conhecidos como crimes do “colarinho branco”, são o estelionato, falsificação de documentos públicos,uso de documento falso, falsidade ideológica,  inserção de dados falsos em processos licitatórios, corrupção ativa e passiva (através do pagamento ou recebimento de propina, respectivamente), peculato e, finalmente, “lavagem” de dinheiro para fim de enriquecimento ilícito, através da formaç de quadrilha ou organização criminosa.

Ceará News7