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Os documentos foram apreendidos em um dos endereços do executivo da empreiteira Benedicto Barbosa Júnior e anexados, nesta quarta-feira, ao indiciamento do marqueteiro João Santana. Os dados mostram supostas doações feitas pela empresa. A lista ficou poucas horas no ar. Ao perceber que havia muitos políticos com foro privilegiado, o juiz Sérgio Moro decretou sigilo sobre as planilhas.
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O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), é "Proximus", um personagem do filme americano "Gladiador", lançado em maio de 2000. Proximus era um mercador especializado em comprar e treinar escravos para lutas de gladiadores na Roma antiga. Ele ajuda o general "Maximus", personagem do ator australiano Russell Crowel, a ir a capital italiana matar o imperador. Outro político fluminense, o deputado estadual Jorge Picciani, do mesmo PMDB, é chamado de "Grego".
A lista conta também com integrantes do governo federal como o ministro-chefe do gabinete da presidente Dilma Rousseff, Jaques Wagner, chamado pelos executivos da Odebrecht de "Passivo". Outros petistas também estão na lista: os senadores Lindbergh Farias (RJ) e Humberto Costa (PE) são, respectivamente, o "Lindinho" e "Drácula". O presidente do Senado, Renan Calheiros, era o "Atleta".
Outros apelidos aparecem como o da deputada estadual Manuela d'Ávila (PCdoB-RS), chamada de "Avião". Jarbas Vasconcelos Filho é o "Viagra" e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o "Múmia".
A última fase da Operação Lava-Jato, que aconteceu na terça-feira e foi batizada de "Xepa", mostrou que o uso de codinomes era comum na empreiteira. A Polícia Federal descobriu um sistema informatizado usado para controlar propinas que usava codinomes para ocultar o real recebedor dos recursos ilícitos.
Até agora, não há indicativo, pelo menos tornado público, de quais políticos estão na planilha da propina. O único já identificado foi o marqueteiro das campanhas do PT, João Santana, apelidado de "Feira".
O Globo
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