AFP
Trump surpreende e comandará EUA pelos próximos quatro anos
Apesar das previsões favoráveis à candidata democrata Hillary Clinton antes do pleito, foi o republicado Donald Trump quem venceu a corrida presidencial nos Estados Unidos. Ele largou na frente em três dos principais estados com poder de definir a eleição.
Trump se destacou nas regiões do Meio-Oeste e Sul dos Estados Unidos. Enquanto Hillary obteve vantagem no norte da Costa Leste e em toda a Costa Oeste. Logo depois da meia-noite (horário de Brasília), as estatísticas passaram a apontar chances de vitória de Donald Trump.
Em poucas horas, elas se foram de 20% para 95%, segundo o termômetro do periódico New York Times.
A virada ocorreu principalmente por conta da vantagem dele na Flórida, em Ohio e na Carolina do Norte, estados considerados indecisos e com número expressivo de delegados. Historicamente, a Flórida define o resultado geral das eleições sempre com votações muito apertadas. Nas duas últimas eleições, Barack Obama venceu no estado.
A vitória de Donald Trump reflete a insatisfação popular com o sistema político americano que, apesar de revezar o poder entre os dois maiores partidos, apresenta poucas mudanças de um governo para o outro.
Para vencer, um candidato precisa atingir pelo menos 270 delegados do colégio eleitoral, do total de 538 delegados em todo o país.
Até as 3 horas da manhã (horário de Brasília), Trump tinha 244 delegados contra 215 de Hillary. Os mercados reagiram mal à vitória do republicano. O euro subiu e o dólar caiu, e a expectativa é de que continue em baixa. Bolsas na Ásia despencaram.
CongressoOs republicanos também levaram a melhor nas duas Casas: o senado e a casa dos representantes (uma espécie de Câmara dos Deputados). Dessa forma, eles apenas mantiveram a maioria no Congresso. O conservador Marco Rubio, que chegou a concorrer nas prévias para presidente, conseguiu se reeleger para senador da Flórida.
O POVO