TSE lança título eleitoral digital e poderá ser usado nas eleições de 2018


BRASÍLIA — O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou, nesta sexta-feira, o e-Título, título de eleitor digital. A versão digitalizada será igual ao documento impresso e poderá ser utilizada já nas eleições do ano que vem. Todos os eleitores cadastrados no TSE terão acesso à via digital, mas somente aqueles que já tenham feito o recadastramento biométrico poderão utilizá-la na hora de votar.

O documento ficará disponível aos eleitores por meio de um aplicativo que poderá ser acessado por smartphone ou tablet. O aplicativo foi proposto pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Acre e desenvolvido por equipes internas de tecnologia do TRE-AC e TSE.
O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do TSE, Gilmar Mendes, ressaltou que, com o aplicativo, as impressões devem diminuir, o que resultará em economia para a Justiça Eleitoral:
— Nós tínhamos separado de R$ 200 a R$ 230 milhões para a impressão de títulos, dinheiro que em boa parte deve ser economizado. Trata-se de um projeto que vislumbra a um só tempo a utilização mais eficiente e sustentável de recursos públicos e o favorecimento do eleitor, com a eliminação da necessidade de emissão segunda via de documentos extraviados ou danificados — afirmou o ministro Gilmar Mendes, presidente do TSE.
O aplicativo já está disponível para plataformas Android e ficará disponível para iOS em 10 dias.
SEGURANÇA NAS URNAS
Também nesta sexta-feira, o TSE apresentou os dados preliminares do teste público de segurança realizado em urnas eletrônicas. Os investigadores que participam do teste encontraram três falhas que no software das urnas. As falhas encontradas são inéditas e não estavam presentes nas eleições anteriores.
A principal falha encontrada pelos investigadores foi na chave eletrônica que permite o acesso à urna para a transferência de informações sobre os votos. No entanto, segundo coordenador de sistemas eleitorais, José Melo Cruz, as falhas não comprometem o acesso ao voto e que a identificação ou alteração do voto continuam inacessíveis.

O ministro afirmou ainda que pediu ao presidente Michel Temer que em 2018, caso ocorra horário de verão, que ele comece em novembro e não em outubro, por conta das eleições.

(*Estagiária, sob supervisão de Paulo Celso Pereira)
 O Globo