MDB, PT e PSDB devem ficar com 37% do bolo eleitoral


A cúpula tucana decidiu que a campanha majoritária do pré-candidato Geraldo Alckmin contará com um terço do que terão direito ( Foto: Estadão Conteúdo )

Rio de Janeiro/Brasília. Levantamento feito pelo “O Globo” com base na legislação eleitoral detalha como serão divididos os R$ 2,3 bilhões que sustentarão pré-candidatos a deputados estaduais e federais, senador, governador e presidente.

Apesar da cobrança por renovação na política, a divisão do bolo mantém as legendas dominantes no topo. MDB, PT e PSDB terão acesso à maior parte do dinheiro: somados, atingem R$ 850 milhões, mais de um terço do total e ajudará a eleger as maiores bancadas.

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Como agora há limites, as siglas tendem a destinar mais dinheiro para a reeleição dos parlamentares, outro fator que dificulta um arejamento político. Partidos nanicos ficam com fatias minúsculas. É o caso do PSL, do pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro, que terá cerca de R$ 10 milhões à disposição.

‘Chave do cofre’

O novo formato amplia o poder dos presidentes das legendas, que passam a ser os donos da chave do cofre. Antes, cada candidato poderia pedir doações às empresas, e o caixa 2 era disseminado, mas, agora, dependem das cúpulas nacionais e regionais para suas campanhas.

Cada partido adotará uma fórmula de divisão dos recursos, que deve ser aprovada por suas comissões executivas, mas siglas que lançarem candidaturas à Presidência terão menos dinheiro para financiar postulantes ao Legislativo. A maior parte do dinheiro disponível para as campanhas deste ano vem do Fundo Eleitoral, criado em 2017, com o valor de R$ 1,7 bilhão.

O restante vem do Fundo Partidário, dinheiro repassado mensalmente para custear o funcionamento das legendas, que, até outubro, deve render pouco mais de R$ 600 milhões para os 35 partidos registrados no País. Nos próximos dias, o Tribunal Superior Eleitoral definirá a divisão exata dos recursos.

Partidos como PDT e PSDB, que têm pré-candidaturas presidenciais mais asseguradas, com Ciro Gomes e Geraldo Alckmin, respectivamente, decidiram que vão destinar um terço do que terão direito para essas campanhas majoritárias. Os dois terços restantes serão divididos para financiar as campanhas de deputados federais e estaduais, de senadores e governadores.


São muitas as dúvidas. Os partidos temem uma reviravolta na divisão interna dos recursos, obrigando que 30% do Fundo Eleitoral sejam destinados para candidaturas femininas. .

DN