TSE mantém nome de Lula em pesquisa


Preso desde abril, petista aguarda decisão sobre contestações ao registro de sua candidatura ( FOTO: AGPT )

Brasília/Curitiba. O ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou um pedido apresentado pelo Instituto Democracia e Liberdade (IDL) para barrar a divulgação de pesquisas eleitorais com o nome do ex-presidente Lula (PT), preso e condenado no âmbito da Operação Lava-Jato no caso do tríplex do Guarujá (SP).

O objetivo do IDL era fazer com que o TSE editasse uma norma para proibir a divulgação direta ou indireta de pesquisas de opinião que incluam o nome de Lula e de candidatos que se encontrem em situação idêntica ou análoga. Em sua decisão, Tarcísio Vieira destacou que uma resolução do TSE prevê que, na realização das pesquisas, deverão constar "os nomes de todos os candidatos cujo registro tenha sido requerido".



"Verifico que os representantes buscam, em verdade, a alteração da mencionada norma, o que não se mostra possível a esta altura do processo eleitoral", observou o ministro. "Conforme já decidiu este tribunal, a alteração dos critérios exigidos pela resolução em fase avançada do processo eleitoral causaria insegurança jurídica às entidades e aos institutos de pesquisa".

Indicativo

Já a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber, disse ontem que discussões sobre o registro de candidaturas presidenciais não precisam necessariamente estar na pauta de sessões extraordinárias. A avaliação da ministra indica que a sessão de hoje pode incluir o processo de Lula, mesmo que ele não esteja na pauta oficial da sessão, o que só deve acontecer depois de a defesa do candidato se manifestar sobre os pedidos de impugnação feitos à Justiça Eleitoral.

Alternativas


Vice de Lula, Fernando Haddad (PT) afirmou ontem que o partido está discutindo quatro alternativas a Lula, caso o petista seja impedido de concorrer. Antes, o PT evitava falar em substituição.

"Esse posicionamento político é mais importante do que qualquer estratégia eleitoral, porque é isso que vai ficar para a história. O quanto fomos solidários a um líder da dimensão do Lula, que tem 50 anos de vida pública", observou Haddad.

DN