Inadimplência atinge 61,5 milhões de consumidores; confira dicas para organizar as finanças


Cresceu o número de pessoas que não conseguem pagar as contas básicas Foto: Rafael Moraes / Agência O Globo


O número de consumidores inadimplentes no Brasil chegou a 61,5 milhões, segundo dados da Serasa Experian. Na comparação com agosto de 2017, houve aumento de 1,82%, com 60,4 milhões com as contas atrasadas. O montante de dívidas em agosto deste ano atingiu R$ 274 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.453 por pessoa.

Em relação a julho deste ano, o indicador caiu 0,16% em relação a julho (61,6 milhões). É o segundo recuo consecutivo após o recorde da série, registrado em junho deste ano, que chegou a 61,8 milhões de inadimplentes.


Segundo os economistas da Serasa Experian, o ritmo de crescimento econômico mais lento do que o esperado para 2018 comprometeu a geração de empregos. Esse fator, de acordo com a análise, ajudou a inadimplência do consumidor elevada, apesar do recente recuo da inflação.

Cresce atraso no pagamento de contas básicas

Bancos e cartões de crédito seguiram com a maior participação no total de dívidas atrasadas em agosto/2018, porém registraram a maior queda, de 1,6 ponto percentual, em relação ao apurado no mês correspondente de 2017.

Já as contas de energia elétrica, gás e água se destacaram com a maior alta observada de atraso no pagamento, no oitavo mês deste ano, de 2,1 pontos percentuais comparado com agosto/2017.

Saiba como controlar gastos e pagar as dívidas

De acordo com economistas, a primeira providência do consumidor endividado é fazer um orçamento doméstico e diagnosticar os gastos, inclusive, com uma planilha, que é uma forma simples de controlar e acompanhar as despesas da família e o que entra e sai de dinheiro todo mês.

Após saber como estão as contas, o consumidor deve mapear as dívidas a quitar, por exemplo, o primeiro passo é saber o quanto será preciso para pagar e para quem deve. A prioridade deve ser sempre das contas com juros mais altos, como cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, que tem taxas anuais que passam dos 300%.

O endividado pode negociar a dívida e conseguir mais prazo para pagar, taxas menores, ou até mesmo desconto no pagamento à vista.