Grupo de cristãos se reúnem na Arquidiocese para se posicionar contra Bolsonaro no 2º turno








A ideia da reunião é definir um posicionamento político durante as eleições (Foto: Reprodução/Facebook)

Membros de pastorais da Igreja Católica e de outras religiões cristãs se reuniram para discutir o atual contexto político do País.

Segundo Ana Maria, membro da pastoral Caritas Arquidiocesana de Fortaleza, o grupo teme uma possível exclusão dos direitos de minorias e de pessoas menos favorecidas com um governo de Jair Bolsonaro (PSL). A reunião aconteceu na quinta-feira (11), no Centro Pastoral da Arquidiocese de Fortaleza.

O encontro ecumênico pretendia definir o posicionamento político que as pastorais da Igreja Católica e de outras religiões cristãs durante as eleições. Segundo Ana Maria, durante o período eleitoral, tem-se visto declarações de incentivo à violência e a falta de atenção a minorias, o que gerou preocupação por parte dos membros das pastorais sociais.

“Vamos discutir esse momento político para saber as possibilidades de retrocesso e avanço. Poder nos posicionarmos no sentido de saber como vamos trabalhar a questão dos direitos humanos”, esclarece Ana Maria.

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Na imagem de divulgação da reunião em que aparece a hashtag #Cristãocontraofacismo, foram convidadas todas as pessoas cristãs, defensores da democracia, dos direitos humanos e antifacistas. Entretanto, Ana explica que a reunião era restrita apenas para membros das pastorais e grupos de outras igrejas cristãs que trabalham com grupos de minorias: moradores em situação de rua, índios, quilombolas, crianças em situação de desnutrição e pessoas que sofrem com a Aids.

“Como a própria Igreja diz, somos o sal e a luz do mundo. Temos que saber como vamos atuar nisso. Por isso, precisamos refletir juntos”, destaca.

Sobre o #Cristãocontraofacismo, a católica explica que a hashtag não refere-se ao nome do grupo. “Algumas pessoas têm usado essa imagem, mas não é o nome do nosso grupo. Mas, realmente, somos contra o fascismo”, ressalta.

Ana Maria acrescenta também que os membros não são partidários e, caso ocorra um governo de Fernando Haddad, terão um posicionamento crítico sobre medidas voltadas para os grupos de minorias.