Indicado de Bolsonaro ao STF André Mendonça será relator contra o padrinho


Novo ministro do Supremo vai assumir julgamento de notícia-crime envolvendo o presidente, que admitiu ter 'ripado' servidores do Iphan


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Tainá Andrade







(crédito: Rosinei Coutinho/STF)

A estreia de André Mendonça no Supremo Tribunal Federal (STF) foi sorteada ontem e ele será relator da notícia-crime apresentada por Randolfe Rodrigues (Rede-AP) contra o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação e advocacia administrativa.


A ação foi movida após o presidente da República, uma espécie de padrinho político do novo ministro do Supremo, ter anunciado que mandou “ripar” servidores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) quando recebeu a informação de que o órgão havia parlisado obra da Havan, empresa do bolsonarista Luciano Hang.

Em seguida à declaração, Larissa Rodrigues Peixoto Dutra foi retirada da presidência do órgão pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. Na época, foi dito que ela não atendia requisitos para a presidência.Em live na noite de quinta-feira, Bolsonaro minimizou as investidas no Iphan. “Mandei investigar e cheguei à conclusão de que o pessoal do Iphan teria que ser trocado. Vocês votam no presidente para deixar tudo como está ou para mudar alguma coisa?”, perguntou.

Em outro momento, disse não ter interferido na Justiça para o afastamento. O novo ministro do Supremo foi indicado pele chefe do Executivo. Mendonça tomou posse na quinta-feira, passados meses desde a indicação, só recentemente referendada no Senado.

Correio Brasiliense 

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