Gasolina cai mais 9% com corte de impostos estaduais






O preço da gasolina caiu mais 8,9% nesta semana, como resposta aos cortes de impostos federais e estaduais aprovados pelo Congresso

Por FolhaPress

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Nicola Pamplona
Rio de Janeiro, RJ

O preço da gasolina caiu mais 8,9% nesta semana, como resposta aos cortes de impostos federais e estaduais aprovados pelo Congresso.

O preço do diesel, menos afetado pelas medidas apoiadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), caiu apenas 0,4%.

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Segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio da gasolina nos postos brasileiros ficou em R$ 6,49 por litro nesta semana.



O valor representa uma queda de R$ 0,90 (ou 12,1%) em duas semanas, desde que os impostos começaram a ser cortados.

É um valor ainda abaixo dos R$ 1,55 de queda média esperados pelo MME (Ministério de Minas e Energia).

Mas o corte do ICMS ainda não ocorreu em todos estados -alguns deles brigam no STF (Supremo Tribunal Federal) para reverter a medida.
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Com as duas semanas sucessivas de queda, o preço médio da gasolina no país voltou ao patamar de outubro de 2021. A expectativa do MME é que chegue a R$ 5,84 por litro.

Nesta quinta-feira (7), Bolsonaro editou decreto que obriga postos a divulgarem os preços que praticavam antes da aprovação dos cortes de impostos pelo Congresso, com o objetivo de forçar o setor a repassar a renúncia fiscal para o consumidor.

A pesquisa da ANP encontrou gasolina mais cara em Crateús (CE), a R$ 8,52 por litro. A mais barata foi encontrada em Macapá (AP): R$ 5,22 por litro.

Também beneficiado pelos cortes de impostos, o preço do etanol hidratado caiu 4,4% esta semana, para R$ 4,52 por litro, na média nacional.



O preço mínimo detectado pela pesquisa da ANP foi R$ 3,63, em Várzea Grande (MT).

De acordo com a ANP, o litro do diesel foi vendido, em média, a R$ 7,52 no país. O produto já estava isento de impostos federais e sofre pouco impacto do corte do ICMS, já que a maior parte dos estados já praticava alíquotas inferiores ao teto estabelecido.

A queda recente nas cotações do petróleo reduz a pressão sobre a Petrobras ao eliminar a defasagem entre os preços internos e o valor estimado para importar os produtos, conceito conhecido como paridade de importação.

Por dois dias, esta semana, os preços médios da gasolina e do diesel nas refinarias brasileiras estiveram mais altos do que o mercado internacional, segundo estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

Jornal de Brasilia 

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