Segurança de Lula aumenta alerta para riscos após atentado contra Kirchner


Avaliação de policiais que fazem a proteção do ex-presidente é que incidentes ocorridos na quinta-feira deixaram clima mais "tenso" e "pesado"




Tribuna da Bahia, Salvador

Foto: Ricardo Stuckert


A segurança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elevou o alerta interno para exposição do candidato em eventos de campanha.

A razão é a tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na quinta-feira (1º). Outro episódio ocorrido no mesmo dia, na sede do PSDB, em São Paulo, em que um deputado atirou para o alto, também é mencionado por integrantes da equipe de proteção do petista como fator que pede atenção.

Fontes ligadas à Polícia Federal informaram que a equipe deve revisar cuidados com base em alguns fatores básico de segurança: riscos de atentados similares ao de Kirchner, dada a superexposição de Lula e o acirramento da polarização, o rastreio e a identificação de ameaças e medidas para reduzir vulnerabilidades nos lugares onde os atos acontecem.

Em Belém, a primeira modificação já pôde ser percebida com a adoção de um carro tático próximo ao veículo do ex-presidente. A viatura transportava policiais do Grupo de Operações Especiais da PF, com armamento pesado e capacidade para agir com mais contundência em incidentes de violência.

Agora, há preocupação também com a visita de Lula ao Rio de Janeiro, marcada para 8 de setembro, após passagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) pela cidade, um dia antes, no feriado de 7 de Setembro.

“Só o fato de ser no Rio é um risco. Nesse cenário de caos, [o risco] dobra”, disse uma fonte à CNN em caráter reservado.

Para o comício, a polícia pretende repetir a estrutura de segurança usada em atos anteriores em Belo Horizonte e São Paulo, com maior número possível de policiais à disposição do candidato, agentes à paisana, atiradores de elite posicionados no alto de prédios e drones para fazer o monitoramento do local.

A PF classificou Lula com “risco máximo” de segurança para estas eleições, segundo critérios da própria Polícia Federal que incluem ameaças sofridas pelo ex-presidente.

Fonte: CNN Brasil

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