Exercito para de botar água pra cearenses . Há clamor em todo Nordeste





Nem a boa vontade da Região Militar foi capaz de resolver o abastecimento de água, por carro pipa, para pelo menos 30 mil pessoas no Ceará. Servidas por carros-pipa, programa de governo executado pelo Exército, as cidades estão com enormes dificuldades para beber água, o que não é visto pelos empresários cearenses que têm enorme zelo pela democracia e pelo povo mais humilde. As cidades de Aiuaba, Arneiroz, Beberibe, Irauçuba e Quiterianópolis, no sertão cearense, estão sem abastecimento de água com a suspensão da Operação Carro-Pipa, feita pelo Exército em parceria com pipeiros particulares com objetivo fornecer água em regiões afetadas pela estiagem em cidade do Ceará e do Nordeste. Com a suspensão do programa do Governo Federal, cerca de 25 mil pessoas são prejudicadas, conforme a sindicato.

Conforme o presidente do Sindicato dos Pipeiros, Eduardo Aragão, os dois municípios que tiveram a operação suspensa estão em situação de colapso. Em todo o Nordeste, 44 cidades estão com o abastecimento “temporariamente suspenso” e nove “aguardando recurso”, conforme dados do portal da Operação Carro-Pipa, site do Exército Brasileiro. Em outras 40 cidades o programa está “em execução”. A Operação Carro-Pipa, do governo federal, cujo objetivo é promover o abastecimento de água potável para o consumo humano na região do Nordeste e no Norte de Minas Gerais, está parcialmente suspensa desde 16 de novembro. A informação foi confirmada pelo Exército Brasileiro, responsável pela execução da Operação. O Programa Emergencial de Distribuição de Água (Operação Carro-Pipa) foi implementado há mais de 20 anos, por intermédio de uma cooperação técnica e financeira mútua entre os Ministérios do Desenvolvimento Regional e da Defesa, conforme já informado neste jornal.

De Crateús, onde o 40º Batalhão do Exército comanda as operações, a revista Central publicou: “A Operação Carro-Pipa é coordenada pelo Exército e é mantida sob competência do Governo Federal. É da União a responsabilidade de garantir os recursos para que o Exército coordene o processo de distribuição de água pelas regiões, fazendo o contrato com os proprietários dos caminhões pipa, os chamados pipeiros. Quando os repasses não ocorrem, o Exército não tem como pagar os pipeiros e eles acabam paralisando o trabalho. A informação sobre a paralisação da Operação mais uma vez aconteceu na semana passada antes do carnaval. O documento foi enviado para a sede do 40º Batalhão do Exército que fica na cidade de Crateús, responsável pela coordenação da Operação nas regiões do Sertão de Crateús, Inhamuns e Sertão Central. O comunicado diz que estaria faltando verbas e o trabalho dos pipeiros de levar água seria retomado tão logo os valores entrassem na conta do Exército. De acordo com o Sindicato dos Pipeiros do Ceará atualmente cerca de 400 caminhões pipa foram contratados pelo Exército para realizar o processo de abastecimento nas cidades. Os motoristas estariam há cerca de dois meses sem receber o dinheiro da qual possuem direito, razão que estaria acarretando a suspensão da Operação”.

O Estado 

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