PL terá que pagar multa de R$ 22 milhões sozinho após Moraes excluir partidos




Progressistas e Republicanos, parte da coligação que apoiou a candidatura de Bolsonaro, afirmaram que reconhecem a vitória de Lula



Legenda: O PL, partido do presidente Bolsonaro, foi multado por agir de "má-fé".
Foto: Isac Nóbrega/PR



O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, decidiu que o Partido Liberal terá de pagar sozinho a multa de R$ 22,9 milhões aplicada, inicialmente, a todos os partidos da coligação que apoiou a tentativa de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) neste ano. A informação está no G1.

A multa foi aplicada pelo ministro na última quarta-feira (23), após ele analisar que a coligação agiu de "má-fé", ou seja, acionou a Justiça de maneira irresponsável.

A coligação havia pedido a revisão extraordinária do resultado do segundo turno das eleições presidenciais, que marcou a derrota do presidente Bolsonaro para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

O PL argumentou que cerca de 60% das urnas utilizadas no pleito não eram auditáveis. O presidente do TSE rebateu a alegação garantindo que todas as urnas são auditáveis e afirmando que a hipótese do partido era esdrúxula.


PARTIDOS RECONHECERAM VITÓRIA

Após a decisão de Moraes, os outros dois partidos que formam a coligação — Progressistas e Republicanos — informaram ao Tribunal que discordam totalmente da reclamação do PL sobre as urnas e que não foram nem sequer consultados pela legenda sobre o pedido de revisão.

Moraes, portanto, decidiu retirar as siglas da punição. "Ambos os partidos afirmaram, expressamente, que reconheceram publicamente por seus dirigentes a vitória da Coligação Brasil da Esperança [a coligação do presidente eleito, Lula] nas urnas, conforme declarações publicadas na imprensa e que, em momento algum, questionaram a integridade das urnas eletrônicas, diferentemente do que foi apresentado única e exclusivamente pelo Partido Liberal", comentou o ministro.

Além disso, ainda segundo o G1, Moraes também ordenou o imediato cancelamento do bloqueio e da suspensão dos respectivos fundos partidários do PP e do Republicanos.

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